Arco II - A Queda ..::.. Lua Argêntea

Fergus escuta as palavras de Djose com preocupação, e retruca:

- E se matar fazendo isso? Evite usar aquela magia a menos que se faça realmente necessário. A esta altura Lolth já se recuperou de nosso encontro.

O arquidruida, que já estava em pé novamente há alguns minutos, fita o grupo:

- O exército aguarda parado, esperam a chegada de Gurdak, ou que os defensores se revelem? De qualquer maneira, não deveriamos estar conversando despreocupados aqui.

Thales encontrou com os outros, perguntou de suas batalhas. Apertou forte a mão de Fergus e quis saber como tinha se saido o outro grupo, se tiveram algum problema.
Falou com calma.

- As pessoas lá fora tem medo. Seria bom que fossemos todos lá para mostramos que eles tem pessoas poderosas que irão batalhar para ajudá-los a defender aquilo que amam.


Ele havia conseguido elevar o espírito de alguns. Thales sempre foi bom com as palavras. Seus ouvintes respiravam as palavras que ele dizia com tão ávida atenção que deixava o paladino orgulhoso. Mas o povo precisava mais que só palavras

Kodas Axeager ia falar a Fergus, mas Thales entrou no recinto, e ele esperou o paladino entrar para então falar.

- O exército inimigo deu um prazo para Lua Argêntea entregar a tabuleta que tinha em suas mãos, e este prazo finda amanhã pela manhã. Até lá, Gurdak e seu exército nada farão. Teremos algumas boas horas até o combate iminente.

Então se virou para Thales.

- Não se preocupe Thales, vou tentar inspirar nossos aliados antes da batalha, mas ainda tem muito tempo. O melhor seria antes do combate. Usarei, inclusive, algumas bençãos de Lathander para ajudar nosso exército.

Citação :

Então ouvia os comentários de Mirina.

- Seria bom ter Daelric conosco, ele é um valoroso combatente. - Mas seu rosto não estava muito animado. - Mas não acho que seria a melhor opção. Em pouco tempo fomos encontrados por Anirel, e Lolth. Não somos apenas um grupo no meio desta crise, Fergus e Djose derrotaram um avatar! Não é garantido que tentem atingir nossos familiares, mas e se tentarem!? - Fazia que não com a cabeça, deixando o olhar vago. - Nós aguentamos o que vier pela frente, mas não eles.

Citação :

Fitando a barda, ele prossegue:

- Seria egoísta fazertes isso, não? Podemos precisar dele aqui, mas lá ele é a última defesa, meus filhos sabem batalhar, mas não são dependáveis assim... Mas deixo isto ao seu julgamento.

-Não é que eu queira arriscar meus filhos e deixá-los correr um perigo desnecessário, porém negar às pessoas de Lua Argêntea mais um forte aliado que evitaria um sem número de mortes? Não quero pesar a vida deles e de minha família, Kodas. Só que não posso ignorar tamém, deixarei a cargo dele essa escolha, já que Djose afirmou que é seguro...

Citação :

Suas últimas palavras carregavam a força de um trovão. Para Kendrack e Kodas, não parecia muito. Para Mirina e Mira, era quase um susto... Djose não era mais o garoto que elas conheciam.

"A idade deve estar realmente começando a me afetar, pois não me dei conta que ele havia crescido tanto assim. De certa forma, é algo meio triste..."

Mas Mirina deixou de lado pensar sobre Djose assim que ele saiu, haviam outras coisas a serem feitas.

Citação :

- O exército aguarda parado, esperam a chegada de Gurdak, ou que os defensores se revelem? De qualquer maneira, não deveriamos estar conversando despreocupados aqui.

Como Kodas já havia explicado o que acontecia, Mirina nada falou. (Bane postou anteeees de mim!)



OFF: Se ela puder usar de boa o pergaminho p/ o plano, como Djose disse, mais de uma vez...

-Mas, antes... - E, com a ajuda do pergaminho, vai até Daelric.

Mirina não se demora muito no plano temporário. Era um nada mais nada menos que um enorme jardim, com uma mansão descomunal... A concepção de alguns sobre "paraíso".

Sem delongas, aproveitando que os filhos estavam dormindo, ela e Daelric voltam à Lua Argêntea. Devido às proteções da cidade, novamente voltam ao portão, de onde Daelric consegue ver claramente o exército que aguardava.

Entraram, e voltaram ao quarto. Daelric cumprimentou todos com um meneio, e permanece perto de Mirina durante o tempo todo.

OFF: Galera, tem gente que PRECISA descansar hein... Recuperar magias, etc. Postem o que vcs vão fazer EM OFF, que eu passo essa noite e avanço pro conselho de guerra.

Fergus diz, se levantando, depois de entender totalmente a situação:

- Irei em busca de vestígios de Mielikki, não se preocupem... Não irei me expor a perigos desnecessários. Estarei de volta ao tempo que o combate for iniciar.

Nesse momento ele começa a levitar a alguns metros do chão, poderia não ter suas magias, mas seus itens mágicos ainda lhe tornavam imune a adivinhações, incitavam seus sentidos e lhe permitiam voar.

Ele fita Rufus, e aguarda se haveria alguma reação contrária por parte dos outros membros.

Kodas não sabia como o arquidruida se sentia, mas não tinha vontade de prendê-lo ali. Ele, mais do que qualquer outro, precisava encontrar sua deusa.

- Vá Fergus! Encontre Mielikki! - o/

- Que sejas bem sucedido em sua jornada, e que a Compaixão seja tua bússola e sua Sabedoria tua Espada.

*Kendrack afirma com a cabeça com convicção para Fegus*

-Boa sorte e boa jornada!

O Conselho de Guerra





Lathander ainda não tinha dado a graça dos primeiros raios de sol da manhã, e nem parecia que iria fazê-lo. A chuva ainda caía intensa, ligeiramente mais forte que o dia anterior. O frio era outro incômodo que, com certeza, afetaria a performance do exército, se não existissem tantos conjuradores em Lua Argêntea. Era uma manhã molhada e acinzentada, sem vida, como um indefeso esperando o golpe final. A moral dos soldados estava baixa, devido à inferioridade numérica ostensiva. Mesmo assim, os homens de alto posto continuavam a animar cada um deles, separadamente, quando era necessário. Eram homens prontos para morrer... Ou assim Lua Argêntea esperava.

Thales fora o que menos descansara. Passou a noite nos portões, junto aos soldados, auxiliando os comandantes. Por causa disso, muitos passavam a admirá-lo e respeitá-lo, elevando a moral das tropas tanto quanto era possível. Mas, a cada urro da horda inimiga, Thales tinha de recompor a todos novamente. Incansável. Impassível. Um verdadeiro paladino. Lady Alustriel achou por bem não chamá-lo ao conselho, visto que seria muito mais útil onde estava, liderando tropas. E assim, Thales fora consagrado Cidadão Honorário de Lua Argêntea, tornando-se um comandante momentâneo, tendo em duas mãos uma divisão da Cavalaria. A primeira carga, assim que a horda trespassasse os portões, seria liderada por ele, seguido por 300 homens.

Kodas e Kendrack foram os primeiros a chegar. O lugar da reunião era a sala do trono, repleto de quadros e estátuas, todos representando a glória de regentes passados da cidade. Uma mesa redonda fora montada à frente dos degraus que levam ao trono, com uma série de pergaminhos sobre ela. Estavam também várias ânforas de vinho e copos; Parecia que Lady Alustriel esperava uma reunião um tanto longa.

Os dois heróis foram conduzidos por um arauto. Logo que adentraram o salão, o arauto, com uma mesura, despediu-se, pedindo-lhes para aguardar a chegada dos outros. Haviam 8 cadeiras, além do trono.

Não demorou para que Mira também chegasse. Embora ainda precisasse de descanso, estava preocupada demais para dormir tanto. Então, Lady Alustriel e seu estrategista, assim como os generais. Por último, Mirina e Daelric, que haviam descansado menos que todos.

A decisão da regente de ter este conselho reunido antes de qualquer atividade matutina era para possibilitar, mediante as decisões tomadas e estratégias a serem seguidas, que os conjuradores preparassem as magias mais pertinentes. Não só os conselheiros, mas também a ordem passada para as divisões arcanas e divinas que ficariam na "linha de frente". Finalmente, com todos ali, após uma ou outra conversa paralela, Lady Alustriel dá início ao conselho, dispensando a guarda real.

No trono, Lady Alustriel. Na mesa, de frente para ela e em meia-lua, Kendrack, Orthros, Mirina, Daelric, Dasten, Mira, Kodas e Gwynleth, da esquerda para a direita. Então, a regente começa:

- Que os deuses estejam conosco. Declaro aberto este conselho, com os propósitos de defender Lua Argêntea e seus cidadãos, além de atacar e destruir a horda criada por Gurdak, Campeão de Gruumsh. Com a palavra, Dasten, nosso estrategista.

Alustriel fazia uma mesura para ele, que se devolvia o cumprimento. Logo, Dasten levantou-se, abrindo alguns pergaminhos e colocando-os sobre a mesa. Um deles era uma espécie de planta da cidade.

- Bom dia a todos, conselheiros, generais, milady. Sem delongas, vou direto ao assunto.

Dasten era um um homem de idade, aparentando seus cinquenta. De certa forma, impunha o mesmo respeito que Fergus fazia, com uma expressão sempre serena estampada em sua face enrugada. Os longos cabelos brancos estavam arrumados, penteados para trás, de forma que todas as suas expressões fossem bem claras a todos. Vestia uma túnica azul, com o símbolo da cidade estampado em seu peito.

- Basicamente, meus amigos, não temos a menor chance de vitória em campo aberto. As informações que recebi indicam uma boa quantidade de raças selvagens treinadas, e não bestas incontroláveis sedentas por sangue. São uma horda, mas estão longe de serem desorganizados. Gurdak conta com Trolls, Ogros, Orcs, Goblinóides e Construtos. Soubemos que existe também uma enorme quantidade de armas de cerco, talvez 40 ou 50. Levar o combate até eles seria suicídio.

O homem faz uma pausa, procurando um pergaminho entre os que ainda encontravam-se fechados. Assim que o acha, ele abre.

- São 12 Colossos. Construtos muito fortes, mas, felizmente, lentos. A guarda pessoa de Gurdak é formada por 10 orcs, altamente treinados. Especulamos que dois deles sejam feiticeiros da tribo. É fácil destacá-los: Gurdak e sua guarda pessoal montam Worgs.

Fechando o pergaminho, ele recomeça:

- A grosso modo, temos que evitar sermos cercados. E a melhor forma de fazer isso é trazendo o combate para dentro de nossos portões. Vamos reduzir o número deles com as armas de cerco e com os magos enquanto os portões e defesas mágicas aguentarem. Quando eles trespassarem essa primeira linha de defesa, a cavalaria entra em ação.

O velho aponta o mapa da cidade. Existia, de fato, um grande espaço em aberto dos portões às primeiras construções, garantindo uma boa carga de cavalaria.

- O amigo de vocês, Thales, será responsável por esta primeira carga. Em seguida, a cavalaria vai recuar, dando lugar à parede de escudos, utilizando as construções de Lua Argêntea como proteção para os flancos, trazendo os inimigos para um lugar mais estreito, onde podemos eliminar parcialmente a vantagem numérica deles. O problema são os Colossos. Quando eles chegarem, não haverá construção que pare de pé.

Pausa momentânea.

- É onde vocês entram. - Olhando para Kendrack, logo depois Kodas. - Os Construtos não virão em grupos, seria arriscar demais. Claro, é uma suposição, mas não acho que Gurdak cometeria esse erro. São capazes de enfrentá-los?

Kodas havia feito uma boa refeiçao e meditou um pouco, indo deitar quando estava mais tranquilo.

Pela manhã já havia o prenúncio de que aquele dia seria pior do que o anterior, estava chovendo mais forte, estava mais frio e a benção que Lathander dava todos os dias a Faêrun ainda estava longe de se realizar.

Ele levantou e fez alguns exercícios simples, então sentou e fez uma pequena prece ao seu deus.

Ele se vestiu, colocou uma roupa grossa e sua armadura por cima. Depois pegou seu machado e o prendeu às suas costas, saiu do quarto e seguiu para o conselho de guerra que logo começaria.

Logo cedo encontrou Kendrack, cumprimentou o outro, e ambos seguiram o arauto que Lady Alustriel havia designado para guiá-los, até chegarem no salão do trono, onde uma mesa cheia de pergaminhos os aguardava.

Os demais foram chegando, e Kodas os ia cumprimentando um a um, se surpreendeu ao ver que Daelric estava ali e cumprimentou o outro guerreiro entusiasmado. - Será ótimo lutar ao seu lado, companheiro. - Disse, com seu jeito fanfarrão, afinal, apesar daquela ser uma situação péssima para Lua Argêntea, estava confiante, e até mesmo feliz com o combate que se seguiria. Qualquer vitória contra deuses malignos e seus seguidores era bem vinda.

Ele tomava uma caneca de vinho enquanto ouvia atento as palavras de Dasten, até ouvir o plano que ele tinha para enfrentar os colossos, onde as peças fundamentais seriam Kendrack e Kodas.

- É preciso de mais do que uma dezena de Golens para nos derrotar. - A voz de Axeager era rouca, e ele falava de forma confiante. - Quando os Colossos estiverem perto podemos atacá-los pelo ar. Eu nunca enfrentei uma criatura como aquelas, mas acredito que eles vão tombar antes de chegar aos nossos portões. Ainda faremos seus corpos imensos caírem sobre o exército de Gurdak. - Deixou um sorriso no rosto.

Kodas parou e pensou alguns instantes. - Estou preocupado com a elite de Gurdak. São dez, e possuem dois feiticeiros. Provavelmente também devem haver clérigos. Eu nem vou mencionar os combatentes entre seus guardas costas. - Mais uma pausa. - Recentemente, Kendrack, Mirina e eu enfrentamos uma campã de Lolth, e foi uma batalha dura. Se todos forem tão poderosos, será muito difícil enfrentá-los. Ainda mais porque, ao final do dia, estaremos com poucos recursos mágicos a nossa disposição.

Lady Alustriel assentia com a cabeça toda vez que Dasten pausava. Até então, parecia concordar com o plano.

A sala ouviu os comentários de Kodas. Assim que o guerreiro termina, toma a palavra Gwynleth, uma das generais de Lady Alustriel.

- Não subestime o exército de Lua Argêntea, Axeager. - Dizia a elfa, com um certo tom de brincadeira. - A guarda dele, de fato, será problemática. Mas, mesmo com nossa absurda desvantagem numérica, ainda sim temos mais conjuradores de magia que eles. E teremos lady Mirina ao nosso lado.

- E tem a mim. - Era Daelric. - Vou fazer questão de decepar cada cabeça dessa guarda de merda!

Ele ia falar mais alguma coisa, mas foi interrompido pela elfa.

- Daelric, você está na presença da regente de Lua Argêntea, por favor, modere seu linguajar.

Gwynleth era uma elfa que poderia ser facilmente encarada como "inofensiva". Tinha os cabelos loiros cortados na altura do queixo, pois alegava que cabelos longos atrapalhavam numa batalha. Mesmo assim, sua beleza era quase insuportável: Reza a lenda que ela teria descendência dríade. Trajava uma armadura vermelha, e um arco feito de puro adamante pendia em suas costas. Daelric chegou a corar um pouco quando seu olhar encontrou o dela, mas logo desviou-se. Perguntava a si mesmo se Mirina havia percebido.

Kendrack abriu os olhos, sua meditação havia terminado.Ele se ajoelha e abaixa a cabeça e fala baixo:

"Tudo que tive, tudo que aprendi devo a você. Salvaste minha vida independente do que outros pensassem. Poupaste-me independente do que sou. Se não fosse tua bondade não saberia o que era viver, tenha fé em mim como tenho em tí. Darei meu melhor para que mesmo que eu caía hoje, outros tenham as mesmas oportunidades que tive.Perdoe aqueles que lá fora anseiam por sangue, a crença deles lhes cega e não os faz entender o verdadeiro significado de sofrimento. Que sua luz me guie, que sua força me apare, que eu seja tua espada, tua força e teu orgulho."



Depois de um tempo ele se erguia com mais graça do que seu enorme corpo parecia ter faz movimentos leves e fluidos lentos por um tempo de olhos fechados em frente a janela.A medida que avançavam ficavam mais rapidos, socos e chutes disparavam com velocidade incrivel , Kendrack mantinha sua respiração e concentração repetindo todos os ensinamentos que aprendera, e terminava os movimentos com um golpe forte e preciso fazendo até com que as chamas magicas de sua luva brilhassem em resposta.

Ele saia da base, respirava fundo e sorria.Ele comia o necessário para se alimentar bem e logo se encontrava com Kodas, esse que ele recebia em um abraço e dava tapas fortes em suas costas. Iriam combater juntos novamente. Era estranho porque apesar do pouco tempo sentia confiança no celestial, talvez porque fosse como ele, tivesse sua fé e prezasse o bem.


Durante a reunião Kendrack parecia sério e pensativo. Os combates no monasterio lhe deram muitas experiencias sobre sítios e defesa. Mas ali era diferente. Não eram demonios ou diabos e eram muito mais do que ele ja enfrentara. Mas os Colossos, eram inimigos diferentes, ele gostaria que fossem os abissais que estava habituado a enfrentar.


Ele se volta para Dasten.

-Penso se sua estratégia nao arriscaria demais a cidade, ou que fosse arriscada para os proprios guerreiros, mas seria desrespeito com os mesmos que la foram se mantem firmes mesmo com medo e o frio.- Ele pausa por um tempo odiava por em riscos mais vidas do que poderia.


-Mas se conseguirmos acabar com os construtos a tempo, poderemos evitar que os portões sejam ultrapassados. Flaquenado o próprio exercito de Ghurdak desmoralizado - ele fita Kodas. Achava digna sua confiança, mas não sabia o que esperar daquele inimigo.

-Preciso de mais informações sobre esses Colossos, pra saber como combate-los de forma efetiva e apropriada.

Mesmo com as historias e a confirmação do culto de Kendrack Dasten poderia se sentir incomodado. Porque após terminar a pergunta Kendrack o encarava de forma séria e ameaçadora. Sua semblante assemelhando sua henrança dracônica se mostrava de certo modo ameaçadora e astuta. Os olhos em fenda amarelados como ouro cintilavam enquanto Kendrack pensava em mil maneiras de como acabar com os golems o mais rapido possivel.

Agora, era Orthros quem se pronunciava. Era um homem forte, seu corpo negava sua idade. Tinha cabelos grisalhos cortados curtos, trajando uma armadura de prata que imitava seus músculos. Diferente de Gwynleth, sua armadura cobria apenas pontos vitais, prezando mais a mobilidade. Sua voz era grave, por trás do farto bigode:

- Vejamos... Um Colosso, como o nome sugere, é um construto de proporções colossais. Eles são autômatos criados a partir de magias épicas e forças elementais poderosas. Dificilmente, erram um alvo focado e são praticamente irrefreáveis em combate. No exército inimgo, temos doze: 7 de pedra, 4 de carne e 1 de ferro. O principal problema de enfrentá-los, porém, não é sua composição. E sim os efeitos que os circundam.

Com um gesto de braço, ele passa a palavra a Dasten.

- De fato. Estas criatura são imunes à qualquer tipo de magia, obrigando-nos a combatê-los fisicamente, onde eles levam vantagem. Pior que isso, eles emanam uma aura de antimagia, o que vai prejudicar vocês também, Kodas, Kendrack. Os colossos de pedra não são tão problemáticos quantos os outros. Dentre as armas do colosso de carne, está a temida Presença Aterradora, enquanto dentre as armas do colosso de ferro, temos o sopro, um veneno mortal.

Lady Alustriel observava os primeiros minutos de reunião com calma. Parecia confiante.

- Não se preocupem com a engenharia da cidade. Ter construções destruídas ainda é melhor que não ter nada. Gostaria de apresentar a vocês meu terceiro homem de confiança.

Com um movimento simples, Lady Alustriel abre a porta à distância, revelando o seu terceiro general, Hagen Darten.

- Este é Hagen. Kodas, Kendrack... Ele vai auxiliar vocês com os Colossos.

Kendrack ficava mais sério as escamas do rosto ficavam mais juntas e seu olho mais fechado. Se aquelas criaturas eram tao perigosas nao tinha como arriscar.

-Algum meio de driblar o campo anti-magia?- a rouca e grave voz retumbava com um a seriedade quase incomoda.

Caminhando de forma imponente adentra ao salão Hagen, vestido com roupas negras, cabelos evoaçantes e um olhar límpido mas com um semblante sério o guerreiro faza uma refêrencia honrosa a todos. De forma simples ele se acomoda e apenas se ajeita olhando para todos com certa curiosidade. Hagen olha para Alustriel e pede para si a palavra.

-Quero fazer uma refêrencia aqui nobres companheiros. Sou Hagen um viajante das terras do norte, mas precisamente um combatente. Quero oferecer minhas habilidades para ajudar no que for preciso, por isso quero ficar a parte sobre o que está acontecendo. Acabo de chegar de viagem e não estou inteirado dos fatos. O pouco que sei é que estamos em estado de alerta e precisamos combater certos exércitos.

Hagen dá uma pausa.

-Já tomaram alguma estratégia de ataque, já temos contabiloizados nossos inimigos, e suas fraquezas? Espiões há algum?

Hagen puxara de suas vestes um pergaminho e uma caneta para fazer pequenas anotações que lhe podiam ser úteis.

Kodas ouviu a explicação de Orthros e de Dasten sobre os Colossos.

- Então, com certeza os sete de pedra cairão. Eu não dependo tanto de equipamentos, pelo menos não no combate corporal direto, como será o combate com os colossos de pedra. Quanto aos outros tipos...vemos na hora como será.

Então voltou a olhar Gwynleth.

- E eu não subestimei o exército de Lua Argêntea, longe disso. Sei que temos muito mais conjuradores, mas vamos depender muito mais dos nossos, do que eles dos deles. Então, minha única preocupação é esgotar nosso potencial mágico rapidamente. - Então virou para Daelric. - E o privilégio de exterminá-los não será só seu! - Disse sorrindo.

Então, Kodas e os outros observaram a chegada de Hagen. E Axeager o cumprimento quando ele chegou.

- É bem simples, Hagen. Gurdak, o campeão de Grummsh, está com seu exército reunido a frente de Lua Argêntea, e esse deve ser o maior exército já formado em Faêrun. E somos nós que castigaremos suas fileiras, dando o tratamento merecido aqueles canalhas. Entre seus "homens". - Axeager dizia com alguma repulsa, aquelas criaturas não deveriam ser comparadas a seres humanos, mas Kodas não encontrou palavra melhor. - Existem aproximadamente dez mil guerreiros, doze Colossos, e dez guarda costas de elite do campeão de Grummsh. E a guerra começará em poucas horas. - Ele dizia tudo olhando para o recém chegado, com um olhar amigável, confiante e cheio de força, e sem demonstrar temor.

Hagen repousa a caneta sobre o papel que puxara.

-E o nosso contingente? Eu tenho habilidades em ataques diretos, corpo à corpo, mas creio eu que devemos ter e adotar alguma estratégia mais efetiva do que um simples combate direto. Podemos nos dividir e começar destruindo os colossos, ou atacar e derrubar um à um de forma rápida, avançando aos poucos. E minha pergunta é, porque não deixamos nosso potencial magico para o ápice da destruição?

Dasten tomava a palavra.

- Os Colossos não irão atacar juntos, para mim, isto está claro. Eles acabam correndo um sério risco de atacarem uns aos outros, pelo tamanho desproporcional. Hagen, Kendrack e Kodas ficarão responsáveis por destruí-los justamente porque não precisam de auxílio mágico para voar... São dois meio-dragões e um meio-celestial, que Tyr abençoe vossas asas.

Dasten agora olhava para Hagen.

- Somos aproximadamente dois mil, meu caro. Somos um quinto do contingente deles, mas a vantagem arcana é nossa. Mesmo com esse número reduzido, a proporção de arcanos que temos para eles se aproxima do vinte para um.

Citação :

Thales fora o que menos descansara. Passou a noite nos portões, junto aos soldados, auxiliando os comandantes. Por causa disso, muitos passavam a admirá-lo e respeitá-lo, elevando a moral das tropas tanto quanto era possível. Mas, a cada urro da horda inimiga, Thales tinha de recompor a todos novamente. Incansável. Impassível. Um verdadeiro paladino. Lady Alustriel achou por bem não chamá-lo ao conselho, visto que seria muito mais útil onde estava, liderando tropas. E assim, Thales fora consagrado Cidadão Honorário de Lua Argêntea, tornando-se um comandante momentâneo, tendo em duas mãos uma divisão da Cavalaria. A primeira carga, assim que a horda trespassasse os portões, seria liderada por ele, seguido por 300 homens.

A manhã estava escura, como se a noite persistisse em ficar no céu. Os homens estavam mais apavorados. Alguns diziam que era um mau presságio. Muitos estavam encharcados e tremiam com o frio, mas também poderia ser o terror da batalha. Thales tentou falar com cada um deles. Descobrir seus nomes, falar de suas ambições e propósitos de vida.

Conheceu muitos Williams, Joshuas, Kevins, conheceu um Sagh, filho de mercadores, Conheceu alguns com nomes mais estranhos como José (quem daria um nome desses?). Não deixeria que aqueles homens tornassem-se apenas números.

Thales se dirigiu a alguns superiores que estavam entre as tropas.

- Nunca liderei exercito algum antes. Tem alguma dica para me dar? - falou em tom calmo. Havia bolado algumas estratégias, mas não sabia como os Generais iriam abordar a batalha.

- Temos alguma informação sobre o exercíto de Gurdak, algum batedor entre as fileiras deles? - continuou - Temos defesas contra catapultas? Temos óleo fervente para usar contra os que tentarem subir as muralhas? Os invasores às vezes cavam um túnel até os alicerces da muralha, escorando-o com madeira. Depois, ateavam fogo nela, abalando o alicerce e fazendo a muralha ceder. Temos de pensar em todas as possibilidades. Por favor, chequem as saídas de esgotos


-Imagino que nossos superiores trarão o combate para dentro da muralha, onde o número deles não fará tanta diferença. Peça que preparem lanças com o tamanho de 2 homens. Impediremos que eles invistam contra nós.

OFF: José foi tenso! USASUHAUSH Eu ri alto!!!

ON:

Thales passara um bom tempo conversando com os soldados. Sua aura trazia confortabilidade e exauria o medo deles, tornando o exército cada vez mais confiante.

- As estratégias estão sendo tratadas na sala de reunião de Lady Alustriel, meu lorde. Aliás, por que não se junta a eles? Nossos generais estão lá também, e acredito que Lady Gwynleth ou Sir Orthros possam lhe dar melhores dicas que nós.

O homem repousava a mão nos ombros de Thales.

- E obrigado pelo que tem feito.

Off: ué, há pessoas em todos os lugares com todo tipo de nomes, exceto os comuns para nós! Você nunca viu um Zé da Flexa numa campanha Medieval , embora seja perfeitamente possível.


- Meu lugar é aqui entre os soldados. Sou mais útil elevando a confiança de nossos homens e ajudando nas tarefas, mas passarei lá para ver que estratégia utilizaremos. E não me agradeça, é um gosto poder ajudar. - disse com um largo sorriso. Se me permite, vou até o conselho. Que tua humildade guie teu futuro e que tua perseverança seja teu escudo.


Virou-se e foi em direção ao Conselho de Guerra

Hagen estava confiante.

-Minha opiniaão é concentrar um ataque maciço em determinadas frentes, ou seja atacar com força total um colosso e ir assim derrubando um a um.