Arco II - A Queda ..::.. Lua Argêntea

Mirina, Kodas e Kendrack dirigiram-se imediatamente à Lua Argêntea após receberem a mensagem de Djose. Teleportaram-se sem demora apenas para descobrir que a cidade estava prestes a ser atacada por uma horda liderada por Gurdak, um campeão de Gruumsh. De alguma forma, o exército contava com aliados que não veneravam a divindade, somando um quantitativo impressionante de dez mil soldados.

Logo, Kodas, que conhecia pessoalmente Lady Alustriel, conseguiu uma rápida audiência. A regente explicou sobre a visita de Kelemvor, ao qual ela entregara a Tabuleta, para evitar que Gurdak a capturasse. Assim, a informação é altamente secreta, para que nada vaze e chegue aos ouvidos de Gurdak. A intenção é batalhar contra o exército monstruoso, mas agora, Alustriel conta com o trio composto pela barda, pelo guerreiro e pelo ogro.

Avisados de que haveria um conselho na manhã seguinte, horas antes do prazo definido por Gurdak como "estopim", os heróis foram aconselhados a descansarem, assim como chamados para se reunir com Storm Mão-Argêntea durante o conselho, definindo a estratégia usada. Porém, já em seus aposentos, Mirina parecia ter intenções diferentes de apenas esperar...

OFF: Considerem que os três estão no quarto da Mirina.

Kendrack nao se cansava. A pedra magica que girava em sua cabeca fazia ele nao sentir os efeitos dessas sensações comuns e cotidianas. Ele nao se lembrava da ultima vez que fechara os olhos para dormir. Ele olha os dois e respira fundo.

-Amanha temos que triunfar de qualquer forma.- sua voz era imperativa e seu olho fendido perfurava algo muito alem de ambos.

Kodas estava ansioso pelo combate na manhã seguinte, sabia que seria uma batalha difícil, mas estava bem consigo mesmo. Havia conseguido, junto dos dois, derrotar Anirel, a campeã de Lolth. Na manhã seguinte seria a vez do campeão de Gruumsh.

- Gurdak será derrotado junto com seu exército. Os muros de Lua Argêntea irão segurar os soldados rasos, e nós nos encarregaremos de seu líder. Será uma batalha rápida, como a última. Mas com a morte de Gurdak, seu exército perderá a liderança e deverá se desfazer, e, assim, salvaremos Lua Argêntea. - Ele parou alguns instantes. - Entretanto, a luta com o orc será mais violenta, e precisaremos da música e das magias de Mirina mais do que nunca. Já enfrentei tipos como Gurdak, ele deve ser como os bárbaros destas terras, com seu estilo de luta violento e descuidado. Com sorte poderemos aproveitar de sua própria torpeza e derrotá-lo.

Acompanhado da última palavra de Kodas, um raio de luz dentro do quarto. Lá estavam Djose e Fergus, assim como Rufus... Por sorte, era um quarto grande, cedido por Lady Alustriel.

- Juntos novamente.

Djose parecia um pouco aliviado.

Fergus sorri cordialmente, mas a expressão de cansaço mental ainda se mantinha em sua face, ainda não estava totalmente recuperado de sua perda, mas se acostumaria rápido, assim era sua natureza, podia se adaptar a qualquer circunstância facilmente...

Ele se aproxima com paciência de Mirina, e ergue uma de suas mãos, ainda um pouco trêmula, para a mesma, nela havia um pergaminho, e o mesmo retruca:

- Está feito, todos estão seguros no plano criado por Djose... Com este pergaminho, terás acesso ao mesmo... Mas que fique a palavra de alerta... Usá-lo só irá expô-los, assim como para nós, o uso deste deve se dar em últimas circunstâncias...

Rufus se aproxima do mesmo, e se deita, Fergus nesse momento se senta sobre ele calmamente, por alguns instantes ainda tentara materializar um local para se sentar com Areia... Uma lástima que o Senhor das Terras agora era como todos os outros...

Havia muito para conversarem, isso era certo, mas não queria tomar a iniciativa que certamente um deles tomaria.

Kendrack levanta de salto quando Djose aparece e logo baixa a guarda.

-Oras...quer nos matar de susto feiticeiro?- ele ri e da dois tapas nas costas dele cumprimentando-o com talvez demasiada forca devido ao tamanho.

-Fergus - Kendrack abaixa a cabeca em respeito ao anciao.- Soube das novas que obtiveram sucesso em afugentar o avatar de Lolth, isso eh uma otima noticia...

Ele se vira pros outros dps para eles novamente de forma mais seria.

-Estavamos conversando sobre o combate de amanha e sua importancia...

Djose sorriu envergonhado ao quase cuspir o pulmão devido aos "tapinhas" de Kendrack. Logo, sua expressão volta a ser séria, ao término das novidades.

- Combate? Acredito ainda não saber do que se trata.

*Kendrack olha serio para os outros dps para Djose em silencio ele caminha ate uma janela para conferir se ela da na direcao certa de onde estava o exercito inimigo.*(se sim ele o chamaria para junto)

Citação :

Gurdak será derrotado junto com seu exército. Os muros de Lua Argêntea irão segurar os soldados rasos, e nós nos encarregaremos de seu líder. Será uma batalha rápida, como a última. Mas com a morte de Gurdak, seu exército perderá a liderança e deverá se desfazer, e, assim, salvaremos Lua Argêntea. - Ele parou alguns instantes. - Entretanto, a luta com o orc será mais violenta, e precisaremos da música e das magias de Mirina mais do que nunca. Já enfrentei tipos como Gurdak, ele deve ser como os bárbaros destas terras, com seu estilo de luta violento e descuidado. Com sorte poderemos aproveitar de sua própria torpeza e derrotá-lo.

-Não será uma batalha rápida, Kodas. E, mesmo que fosse, quase morremos contra uma única inimiga, agora, diante de nós, está um exército. Eu concordo que muitos são facilmente "derrotáveis", mas não julgue que eles são apenas números, existe um número relevante ali de guerreiros que me preocupam, embora menos que Gurdak. Vamos triunfar amanhã porque não temos outra escolha, porém vai ser algo muita mais difícil do que enfrentamos hoje.

Citação :

Acompanhado da última palavra de Kodas, um raio de luz dentro do quarto. Lá estavam Djose e Fergus, assim como Rufus... Por sorte, era um quarto grande, cedido por Lady Alustriel.

- Juntos novamente.

Djose parecia um pouco aliviado.

Ela o olhou por uns poucos segundos, mas o que havia dito era verdade, Mirina confiava nele e não iria mudar isso agora, por isso, foi com alívio que notou que ele estava bem.

Citação :

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Fergus sorri cordialmente, mas a expressão de cansaço mental ainda se mantinha em sua face, ainda não estava totalmente recuperado de sua perda, mas se acostumaria rápido, assim era sua natureza, podia se adaptar a qualquer circunstância facilmente...

Ele se aproxima com paciência de Mirina, e ergue uma de suas mãos, ainda um pouco trêmula, para a mesma, nela havia um pergaminho, e o mesmo retruca:

- Está feito, todos estão seguros no plano criado por Djose... Com este pergaminho, terás acesso ao mesmo... Mas que fique a palavra de alerta... Usá-lo só irá expô-los, assim como para nós, o uso deste deve se dar em últimas circunstâncias...

Rufus se aproxima do mesmo, e se deita, Fergus nesse momento se senta sobre ele calmamente, por alguns instantes ainda tentara materializar um local para se sentar com Areia... Uma lástima que o Senhor das Terras agora era como todos os outros...

Havia muito para conversarem, isso era certo, mas não queria tomar a iniciativa que certamente um deles tomaria.

Citação :

Djose sorriu envergonhado ao quase cuspir o pulmão devido aos "tapinhas" de Kendrack. Logo, sua expressão volta a ser séria, ao término das novidades.

- Combate? Acredito ainda não saber do que se trata.

Mirina explicou a situação de Lua Argêntea, da Tabuleta e de Kelemvor rapidamente, enquanto observava Fergus. Ela já havia pego o pergaminho e o apertava sem sentir com a mão, pensando que era a sua família ao seu alcançe, mas seus planos poderiam ser deixados um pouco de lado, devido ao homem a sua frente.

A barda volta a se aproximar de Fergus e enquanto começa a acariciar a besta mágica do druida para se distrair, ela pergunta num tom sério, mas baixo e direcionado.

-O que aconteceu, meu amigo? A expressão que você carrega me preocupa. - Ela fpareceu fazer uma breve pausa, e pensou em perguntar algo mais, porém era melhor deixá-lo responder, por isso ela deixou claro que espararia algo dele, enquanto mantinha seus olhos fixos em Fergus.

Kodas ouviu as palavras de Mirina.

- Sim, a elite de Gurdak. Mas eles serão derrotados, continuam sendo número. Podem dar algum suporte ao orc, mas ainda serão menores do que qualquer um de nós. Podemos encontrar esses guerreiros e destruí-los então, antes mesmo de enfrentar Gurdak, assim, não seremos interrompidos em nossa batalha.

Kodas estava falando quando um clarão irrompe no quarto, que o faz observar, exaltado, a chegada de Djose e Fergus.

- Raios! Kendrack tem razão, querem nos assustar!? - Então ouviu as palavras do monge e teve de concordar. - Verdade, gostaria de tê-la enfrentado com vocês meus amigos!

Então aguardou que Mirina informasse a situação de Lua Argêntea, de Gurdak e do cerco ao redor da cidade. E da gloriosa batalha do dia seguinte.

De hora em hora, o rugido dos monstros podia ser ouvido, ao longe. Era o prenúncio de que o prazo estava acabando. Mesmo sabendo que, de qualquer forma, haveria batalha, o tempo deixava todos cada vez mais impacientes.

O dilúvio caía sem cessar. Se continuasse a chover assim até o momento da batalha, Lua Argêntea teria mais uma dificuldade, pois teria menos visibilidade. O quantitativo de Gurdak era maior, o que obrigava a cidade a usar armas de longo alcance e de cerco, portanto, dependiam de uma boa visibilidade. Claro, a magia poderia ser usada para afastar a tempestade, mas cada magia na reserva de magos e clérigos era importante.

Mesmo assim, dentro daquele quarto, as esperanças não eram ruins. Novamente, a maior parte do grupo estava unida. Não que estivesse nos planos de todos se juntarem tão cedo novamente... Mesmo assim, principalmente para Mirina, era bom ver à sua volta pessoas tão determinadas.

Djose havia ido até a janela com Kendrack. Observava a força marcial de Gurdak, enquanto Mirina dissertava. Estranhamente, o feiticeiro apresentava um brilho diferente no olhar, como se estivesse aproveitando cada momento da visão do exército. Uma criança empolgada ao receber seu primeiro presente. Apenas Kendrack podia ver isso.

Mirina havia terminado. Alguns segundos de silêncio se seguiram, como se as últimas palavras da barda ecoassem naquelas paredes mortas, de um tom cinza sem graça. Djose e Kendrack estavam na janela, que ficava ao lado da cama, onde Mirina estava sentada segundos antes. Kodas permanecia de pé, no centro do quarto. Fergus sentava no lado oposto da cama, onde havia uma mesa de cabeceira com 3 cadeiras. Ao lado do Arquidruida, estava Mirina, acariciando Rufus.

- Mirina, você conhecia bem Kelemvor? Acredito que não. Ele é um poderoso conjurador... Talvez mais poderoso que eu. Começo a pensar que ele ter escutado tudo atrás da porta naquele momento não foi uma mera coincidência. Agora, ele tem dois amigos... Uma mulher chamada Midnight, e um garoto, acho que o nome é Cyric. Midnight é outra conjuradora inacreditável... Acredito que apenas eu e Maldanius possamos enfrentá-los, se for o caso. Digo isso porque agora ele detém uma das Tabuletas, cedida por Lady Alustriel, como você disse.

Djose se afasta da janela, repousando momentaneamente a mão sobre o braço de Kendrack, talvez "retribuindo" os tapinhas.

- Se me perguntassem, diria que Kelemvor tem seus próprios objetivos.

Em passos curtos, levando lentamente a mão ao queixo, o feiticeiro se encaminhava até Kodas.

- Porém, temos problemas suficientes à nossa frente.

Agora, Djose interrompe seu movimento ao lado do meio-celestial.

- Muito embora eu não acredite que esta guerra seja nosso maior problema. Para ser sincero, se fosse uma decisão só minha, eu não lutaria. Afinal, será uma batalha sem o menor sentido. Ambos os lados procuram por uma coisa que está sendo levada pra longe. No final, haverá apenas morte.

Djose fita seu olhar em Fergus durante alguns segundos. Depois, vira-se para Mirina, num olhar incisivo, o qual não encontra o da barda.

- Mas, eu sei que vocês vão ficar. Sim, VOCÊS. Ao que me consta, Mira e Thales já estão aqui, trazidos por Maldanius, então terão reforços. Eu vou me dirigir à Águas Profundas... Maldanius pode precisar mais de mim que qualquer um de vocês. Ele tentará contato com Selûne, e uma aliança com ela significa enfrentar Shar. E, completando, Shar não é um oponente que possa ser vencido com espadas e machados. Nos resta a magia.

Citação :

- Se me perguntassem, diria que Kelemvor tem seus próprios objetivos.

Em passos curtos, levando lentamente a mão ao queixo, o feiticeiro se encaminhava até Kodas.

- Porém, temos problemas suficientes à nossa frente.

-A maioria de nós tem seus próprios objetivos, não é mesmo? - Ela diz em "tom de comentário", mas falava sério a respeito. - Só espero que eles não sejam conflitantes.

Citação :

Agora, Djose interrompe seu movimento ao lado do meio-celestial.

- Muito embora eu não acredite que esta guerra seja nosso maior problema. Para ser sincero, se fosse uma decisão só minha, eu não lutaria. Afinal, será uma batalha sem o menor sentido. Ambos os lados procuram por uma coisa que está sendo levada pra longe. No final, haverá apenas morte.

Djose fita seu olhar em Fergus durante alguns segundos. Depois, vira-se para Mirina, num olhar incisivo, o qual não encontra o da barda.

- Mas, eu sei que vocês vão ficar. Sim, VOCÊS. Ao que me consta, Mira e Thales já estão aqui, trazidos por Maldanius, então terão reforços. Eu vou me dirigir à Águas Profundas... Maldanius pode precisar mais de mim que qualquer um de vocês. Ele tentará contato com Selûne, e uma aliança com ela significa enfrentar Shar. E, completando, Shar não é um oponente que possa ser vencido com espadas e machados. Nos resta a magia.

-Oh, eu fico feliz de não ser uma decisão, sua, então. Não critico sua escolha pois eu acredito que você fala a verdade, porém, que outra opção existe? Deixar Lua Argêntea por conta apenas dos seus nessa crise, quando sei que posso evitar pelo menos algumas mortes? Não poderia fazer isso, seria uma traição a mim mesma agir de tal maneira. Mas você segue outros caminhos que lhe dão a opção de ser útil em outro lugar, existe um grande mérito nisso, meu amigo.


Então Mira e Thales chegam ao quarto e Mirina os cumprimenta com um leve meneio de sua cabeça, seu olhar voltando a Fergus, ainda esperando a resposta.

Fergus suspira ao ver o olhar de Mirina de voltar novamente para ele, e diz:

- És intuitiva o suficiente para imaginar o que aconteceu, mas se queres ouvir de minha boca, Mielikki caiu como Avatar, irá acontecer o mesmo com muitos de vocês em breve... Foi bom ser o primeiro, assim saberei guiá-los quando o mesmo lhes acontecer... - E nesse momento ele fita Djose - Se Mystra cair caso estejam enfrentando Shar, será a morte de todos, se preparem bem para essa possibilidade... Também lembre-se que agora temos Lolth para se precaver, ela não ficará para sempre no Abismo.

Apesar do cansaço aparente, ele não demonstrava temer o que lhe aguarda, sua expressão serena se mantinha apesar de tudo, e aquilo só demonstrava o quão adamante era sua mente.

Mirina desvia o olhar para Rufus e fica alguns instantes fitando o animal enquanto o acariciava, sua expressão revelando uma calma que há muito não sentia. Seu cabelo caiu de seu ombro encobrindo parte de sua face por esses breves instantes e o silêncio dela era contemplativo e solene. No fundo ela já esperava aquela resposta, mas desejava que ele tivesse dito outra coisa. Não sabia quão terrivelmente solitário ele deveria estar sentindo sem a presença de Mielikki e não sabia como confortá-lo... Durante as carícias em Rufus ela pensou em várias coisas, mas seu pensamento não conseguia fugir do que havia acontecendo com o arquidruida e de seu marido, e no aliado que ele representaria.

Ela não chegou a erguer totalmente os olhos para ele, com um gesto suave de sua mão ela colocou o cabelo atrás da orelha e, após, descansou a mesma no joelho de Fergus, apertando delicadamente num gesto de carinho e empatia singelo. Seus olhos o fitaram um pouco de lado, e ela falou muito pouco: -Estou aqui para você, sabe disso.

Poderiam ter tido tantas outras palavras de consolo, mas que verdade elas trariam? Dizer que estava tudo bem, que Mielikki iria "se recuperar"? "Tsc, Lorde Ao, o que você está fazendo vai causar mais mal que qualquer outra coisa..."

Citação :

- Está feito, todos estão seguros no plano criado por Djose... Com este pergaminho, terás acesso ao mesmo... Mas que fique a palavra de alerta... Usá-lo só irá expô-los, assim como para nós, o uso deste deve se dar em últimas circunstâncias...

Ela se "ergueu" num movimento rápido e fluído, sua voz já direcionada a todos, embora ainda falasse com Fergus. Precisava entender se teria outra possibilidade de entrar em contato com Daelric.

-Quem mais está nesse plano? Não quero arriscar ninguém, porém... - Ela faz uma pausa e decide seguir outro rumo de pensamento. -Se eu pudesse, jamais envolveria minha família nisso, mas eu posso olhara para a ajnaela e ver que a situação já saiu do controle não tendo passado um só dia. Não terei falsa modéstia aqui, Daelric é excepcionalmente forte e habilidoso e um aliado muito valioso, ainda mais agora que já poderemos enfrentar problemas com a magia... Não deve ter sido fácil levá-lo até lá, mas para proteger meus filhos? Ele jamais deixaria nada acontecer com eles, a melhor escolha! Só que seria egoísmo da nossa parte se não agirmos com todas as nossas forças. O quanto iremos expor a todos se usarmos o pergaminho?

Para Mirina, a realidade se tornava uma só ela precisava de Daelric agindo, não afastado... Ele era uma força da natureza, mas extremamente estratégico, o que era um pouco culpa das conversas que tivera com Kodas. A barda queria ele como aliado num combate, mas não era só isso... Embora a insegurança fosse ser muito maior com ele lutando ao seu lado e a possibilidade da morte dele tão próxima, ainda assim, a presença dele faria toda a diferença. Teria que haver alguma forma de trazê-lo para perto e pedir sua ajuda na batalha que se daria ali, em Lua Argêntea.

Axeager ouvia e prestava atenção em todos, e as palavras do feiticeiro só provavam que o meio-celestial estava certo, ele é um covarde, não tem princípios, e não merecia estar ali, e o guerreiro fechava a cara quando olhava para ele.

Infelizmente, Fergus havia perdido sua patrona, Mielliki. O arquidruida estava fragilizado, afinal, Lolth deveria retornar para se vingar em breve.

- Fergus, me causa angústia a queda de Mielliki. Terá meu machado a sua disposição caso precise. - Ele disse a sua maneira amigável, mas sem perder a seriedade que a situação exigia.

Então ouvia os comentários de Mirina.

- Seria bom ter Daelric conosco, ele é um valoroso combatente. - Mas seu rosto não estava muito animado. - Mas não acho que seria a melhor opção. Em pouco tempo fomos encontrados por Anirel, e Lolth. Não somos apenas um grupo no meio desta crise, Fergus e Djose derrotaram um avatar! Não é garantido que tentem atingir nossos familiares, mas e se tentarem!? - Fazia que não com a cabeça, deixando o olhar vago. - Nós aguentamos o que vier pela frente, mas não eles.

Kendrack se aproxima de Fergus e poe a a mao incrivelmente grande em seus ombros.


-Consigo imagina sua dor e me compadeço com ela companheiro...


Kendrack então se volta aos outros.


-Apesar de você Djose achar que Lua Argentea é uma causa perdida, não penso o mesmo. Invariavelmente aqueles que la fora gritam vãoa tacar a cidade estando ela com ou sem tabuleta.

Ele olha a cidade pela janela a chuva caindo forte.

-Eles evacuaram as pessoas para um lugar seguro, mas não sei se é seguro o bastante.... Se as defesas da cidade cairem, o povo ira sofrer. Eu não vou permitir isso.

Fergus sorri, ele então retruca:

- Não precisam se preocupar, meus amigos, minha magia era parte de mim, mas não me resumo a isso, de longe estou inofensivo, Mielikki só caiu - ainda posso encontrá-la, e não serei o único que irá acabar assim, dissertem o que se faz necessário, sim? Vejo que se envolveram em uma guerra...

Fitando a barda, ele prossegue:

- Seria egoísta fazertes isso, não? Podemos precisar dele aqui, mas lá ele é a última defesa, meus filhos sabem batalhar, mas não são dependáveis assim... Mas deixo isto ao seu julgamento.

Nesse momento ele atiça seus sentidos ao máximo, em específico, a audição, e encosta um dos ouvidos no chão, queria estimar quanto tempo ainda tinham antes de chegarem.

OFF: Peço 20 em Ouvir.

Djose levava uma das mãos à cabeça, ouvindo as palavras de Kendrack. Não havia dado tempo para Mira responder, e, era óbvio para a ranger, também não estava nem um pouco interessado na resposta. Djose era um sujeito difícil de se lidar, e mais difícil ainda de se entender.

- Kendrack, não me entenda mal. Não acho que Lua Argêntea seja uma causa perdida. Tomei a decisão de me ausentar com a consciência tranquila exatamente pela presença de vocês aqui. Claro, não temos exatamente os mesmo valores, mas isso é o que menos importa agora. De qualquer forma, é MELHOR que eu me separe de Fergus... Assim, Lolth terá dois alvos em potencial. E acredito que ela escolheria me enfrentar, por estar com um contingente menor. Ela não atacaria Fergus, depois do estrago que ele fez, sendo protegido por vocês. Ela virá atrás de mim... Tenho quase certeza. Fergus não estã em condições de resistir. Mas eu estou.

Ele olhava para o Arquidruida, quase deitado no chão. Seu olhar transmitia uma certa empatia. Para Mirina e para Mira, que o conheciam melhor que os outros, era mais que uma surpresa: Djose nunca colocaria sua própria vida em risco para salvar a de outros. Ou ele estava amolecendo com o tempo, ou tinha um ótimo plano. E seria mais fácil acreditar nesta última opção.

- Quanto à segurança dos familiares, fiquem absolutamente despreocupados. Criei um plano fora da cosmologia de Toril, fora do alcance perceptivo das divindades.

Ele olhava fixamente a tempestade, quando irrompeu mais um grito dos orcs.

- Fergus, fique despreocupado. Lolth não virá atrás de você... Eu vou usar Maldanius e Selûne... Vou MATAR a Rainha-Aranha de uma vez por todas.

Suas últimas palavras carregavam a força de um trovão. Para Kendrack e Kodas, não parecia muito. Para Mirina e Mira, era quase um susto... Djose não era mais o garoto que elas conheciam.

OFF: Hito, o exército ta parado na frente da cidade.

Mira observava a conversa, tudo aquilo a deixava nervosa e preocupada, principalmente a batalha que estava por vir, as palavras de Djose a faziam perceber o quanto seu irmão havia mudado, não sabia o que dizer naquela situação, não sabia o que podia ser dito, quando uma batalha como aquela se aproximava.

Ela apenas deu um suspiro e foi até a janela olhar o exército, dava pra notar o tom apreensivo em seu olhar, Djose, que a conhecia bem, podia suspeitar que aquilo em seu olhar fosse medo.

- Lua Argêntea... acho que nunca estive lá. Como será que está se saindo o outro grupo? Afinal, se Fergus e Djose enfrentaram Lolth, é possivel que os outros também estejam tendo dificuldades. Não seria melhor entramos em contato?

Mas eles se teleportaram antes que alguem pudesse responder. E antes que ele pudesse falar outra coisa, o mago se teleportou de novo, dessa vez deixando Thales e Mira.

- Bons modos não são o forte dele, não é?

Enquanto Mira ia procurar Mirina, Thales ficaria para ajudar quem precisava dele.

Thales pensou quem sem os deuses, muitas pessoas entrariam em desespero. Haveria caos e possivelmente tragédias. A sensação de abandono e liberdade viriam a todos em níveis desconhecidos, e isso poderia trazer consequencias que talvez jamais possam ser reparadas.

Os trovões pareciam mais fortes naquele dia. Eles só amendrontavam mais os soldados da cidade murada. Viu algumas vezes o enorme exército sob a bandeira de Gruumsh, era de fato uma força impressionante. O que fazer nessas horas? Pedir para as pessoas terem fé?

Seria um massacre. Não haveria refúgio, e Thales imaginava que as paredes não seriam suficientes para aguentar tal cerco. Tentou treinar alguns homens. Tentou elevar a moral deles, mas não deixava de pensar que haveriam baixas, e que seriam muitas. Pais que não voltariam para seus filhos, filhos que não voltariam para suas mães.

Ele tinha de impedir isso. Tinha de parar essa insanidade. Mas, ele se perguntava, teria forças para tal? Thales não tinha medo da força do inimigo, mas ele temia que pudesse falhar, Temia que seu fracasso custasse a vida de muitos e por muitos momentos ele não percebeu que voltou a ter medo de algo. Ele não percebeu que seus poderes estavam deixando-no.

Mira oscilava entre momentos de tensão e contemplação. Ao longe, nos portões, via Thales, que chamava a atenção dos soldados para si. Parecia estar fazendo algum tipo de discurso. A chuva o banhava incessante, dando a ele uma imagem diferente, especial... Mira se perdeu durante algum tempo, observando o Paladino.

Kendrack olhava Djose com firmeza, nao havia critica ou elogios em sua face. Kendrack sabia que cada um ali era dono de seu próprio destino. Ele deixou claro que ele fazia o mesmo, que se fosse para morrer nas mãos do exercito inimigo ele o faria, mas faria pregando o que ele aprendeu.

Kendrack se aproxima da janela, para ao lado de Mira e fala para a amiga.

-Vai dar tudo certo, que Ilmáter nos abençoe e que proteja a todos da cidade deste sofrimento...


Ele fixa o exercito inimigo.

-Eu farei minha parte para ajuda-lo...

Sem mais delongas, o feiticeiro se retira, antes mesmo de deixar alguém sequer dirigir a palavra a ele. O tempo era curto.

OFF: Enfim, se vocês ainda tem algo de importante a fazer antes de descansarem para a batalha, postem em off, pra passar pra reunião do dia seguinte logo.