Novas Origens- Desafio de Kramor

Valen "Gwynleth" e Ookami "Aaron



Era um passeio de comemoração da formatura dos alunos do terceiro ano do ensino médio e todas as turmas entraram em um consenso de viajarem para um Hotel Chalé no numa serra próxima a sua cidade. O hotel era famoso pela sua estadia, bom atendimento e pelo ambiente agradavel que proporcionava.Duran te a noite todos ouviram uma explosão forte fora o chalé e quando olharam uma corrente de energia saia de um bura imenso no chão ficando cada vez mais intensa até que mais uma explosão seguida de um clarão que cegou a todos.




Tudo a volta de todos era branco, nao sentiam o chao, nao sentiam o proprio corpo. Parecia que tudo estava entorpecido. ouviam uma unica voz.


"Apenas vocês podem nos ajudar... peço que atendam o meu pedido e venham a mim..."


Ao ouvir a voz tudo ficava preto.

Vozes, graves e retumbantes...


Pessoas, andando para todos os lados, passos curtos e rapidos...


Sons de Metal sendo batido...


Nenhuma musica...


Calor, muito calor...



As sensações voltavam aos poucos ao corpo dos escolhidos e a voz que eles ouviram surgia aos seus ouvidos.


-Já acordaram? Se não acordaram acordem logo o Lord quer falar com vocês.


Quando a visão deixava de ficar embaçada todos viam um anão.(Sim aquelas coisas do livros de rpg que vocês viram sabe?) Seu cabelo era castanho como avelã, sua barba longa e trançada, a pele por tras dela surrada porem rija. Ele parecia mal humorado e apressado. Ambos olhavam para os lados. Um podia ver um humanoide semelhante com um cachorro ou seria uma cheetah, talvez a mistura de ambos e o outro uma elfa.

Aquilo tudo era muito confuso. Até o clarão nada parecia real, talvez só mais um sonho maluco.

Tudo era estranho. Real demais para ser um sonho, mas ainda assim estranho. Sua mãe havia lhe explicado que Gwyn (como era chamada) era um nome que tinha sua origem na Europa medieval, mas sonhar com isso era demais!

Gwynleth olhava em volta, tentando em vão entender a situação. Estava muda, perplexa, esperando que alguém a acordasse, no mínimo.

Aaron podia jurar que havia morrido. Mas depois de tudo aquilo ele ainda estava lá, de algum modo. Alguém falava com ele, mas ele se recusava a abrir os olhos por um momento.

"Eu estou morto, não é? Se eu estou morto, não devia ter gente falando comigo, certo?"

Porém, era necessário abrir os olhos e encarar a nova situação em algum momento. Calmamente ele o faz e olha em volta. A primeira coisa que vê é uma... Garota? Não. O que é aquilo?

"Olelhas plududas..."

Ele diz, ou ao menos tenta. Aquilo não estava certo, tinha algo errado com a sua língua, com a sua boca... Uma boca. Ele tinha certeza que tinha uma boca antes. Então, o que era aquela porcaria no meio da sua cara?! Não era à toa que não conseguia falar direito, tinha um focinho no lugar da sua boca!
Ele leva as mãos, ou seriam patas, ao focinho. Peludo. Tudo peludo.

"Mas que merda é essa?!"

Tentava gritar, mas tudo o que conseguia era um ganido, ou um latido, talvez um... miado?! Lembrava vagamente uma risada.

O anão olha ambos com uma cara de "o.õ" .


-Qual o problema de vocês beberam cerva demais?Um nao sabe falar e fica ganindo e a outra é muda?!

ele olha os dois meio revoltado.


-Foi por isso que o Lord mandou agente até a superficie? Pra catar dois malucos?!

Gwynleth finalmente voltava seu olhar para o... Anão (?). Enquanto começava a falar, verificava seu próprio corpo, tentando ver se estava "tudo no lugar". Se deparou usando roupas estranhíssimas, e passou a notar o mesmo nos outros dois que via.

- De... Desculpe, mas...

E estacou. O QUE ERA AQUELA COISA? Essas coisas de híbridos eram apenas mito. Mas se eram, que raior significava aquele... aquela... aquilo ali?

Permaneceu muda, olhando Aaron, tentando não se mexer. Mas tremia. Estava com medo.

"Olha clomo fala, nanico de meda!"

No mesmo instante se virava para o... anão... certo... e rosnava.

"Explica que meda tá acontecendo! Agorla!"

O anão ri com sua voz rouca da cara do gnoll .


-Aprende a falar totó.. e cuidado q ta assutando a elfinha ae...[/b]- sinaliza gwynleth com polegar.

-Agora me digam vocês como passaram pelos muros de magia pura?

Apertava os olhos e encarava o ser nanico e resmungão.

"Usando o baxtão da sabedoglia superma de Klardoc, o que você acha?!"

Respondia com mais um rosnado e encarava a citada 'elfa'. Começava a imaginar que tipo de brincadeira era aquela. Magia, elfos, anões... Entrara num RPG por acaso?!

Ainda estacada, Gwyn move a cabeça ligeiramente, olhando agora o anão.

"Gnoll? Que raios é isso? E peraí, ele me chamou de elfa? Esse cara ta maluco?"

Era tudo estranho demais. Fechou os olhos e torceu para, quando abrisse, estar de volta no "Mundo Real".

O anão franze o cenho.


-Do que diab... Ah, não enrolem vamos se levantem! Senão quem toma esporro sou eu!



Dessa forma ele ia empurrando os dois para fora das camas de palha.

Balançava a cabeça, ainda irritado, mas decidia que, por hora, o melhor a ser feito seria seguir o 'anão' e a 'elfa'. Fosse o que fosse, o fato de que ele tinha um focinho, pêlos por todo corpo e uma cauda era inegável. Normal aquilo não podia ser.

"Que seja...", dizia enquanto se levantava para segui-lo.

Gwynleth se deixava levar meio sem entender, mas sem tirar os olhos... daquilo. Se fosse uma fera, como podia (tentar) falar?

Ia sendo empurrada quando foi ajeitar os cabelos atrás da orelha... E descobriu A orelha.

"Mas que MERDA!!!"

O anão abria uma porta que dava para um corredor completamente escuro onde eles podiam ver a penumbra das paredes bem polidas e esculpidas com formas e desenhos representando cenas épicas.Ele vai avançando guiando ambos segurando em seus pulsos. A medida que ia entrando os olhos do Gnoll iam se acostumando e ele conseguia enxergar perfeitamente, era estranho porque ele tinha certeza que o corredor estava num breu total. Ele olhava para tras e conseguia ver um pequeno ponto de luz que era a vela que iluminava o pequeno comodo onde eles estavam. Gwynleth por sua vez conseguia ver algumas das cenas esculpidas na parede em suas formas lisas e volumosas, porem a medida que avançavam a visao se tornava mais dificil, estava escuro demais para os olhos dela, até que apenas um breu tomava sua visão. Era desconfortavel e assustador, havia um homem cachorro do seu lado e um anão puxando com força seu punho. Aquilo estava se tornando um pesadelo.

Não podia dizer que aquilo o incomodava, sempre gostara do escuro, o fato de que conseguia enxergar ali só o deixava mais confortável. Mas ainda não tinha certeza se eram seus olhos ou mais uma coisa estranha daquele mundo.
Porém, se o escuro lhe deixava confortável, aquele anão maldito o incomodava profundamente. Carregando ele pra onde quer que fosse, como se fosse uma criança.

"Dá pra você me soltarrr? Eu consigo andarrr sozinho."

Falava pausadamente enquanto tentava consquistar seu mais novo inimigo, os 'erres'.

A idéia não agradava. Estar com 2 pessoas... Melhor, um anão (?) e uma ... coisa?... E ainda sem contar com o sentido da visão. Gwynleth começou a ser tomada pelo medo.

- Me solta... Me solta... ME SOLTA!!!

Na terceira vez, um grito. Ela tenta de qualquer forma se desvencilhar da mão forte do anão, correndo por onde veio, onde tentava tatear o caminho a frente. Precisava encontrar o ponto de luz pelo qual passara.

Sem perceber o anão solta a elfa por reflexo e ao vela correr sem direção pelo corredor escuro.


-Ah diabos tinha esquecido... Mastanto medo de escuro assim?!?- ele dizia enquanto andava até a parede e encostava em algo. Logo em seguida um pequeno "click" e tochas no topo do corredor o iluminavam completamente.


Agora ambos podiam ver com precisão as cenas esculpidas perfeitamente na pedra. Elas possuiam detalhes em pequenas linhas douradas adornando a parede inteira e em alguns pontos pedras preciosas adornavam uma ou outra figura tornando aquilo mais extravagante e surreal ainda.

-Vamos menina...pare de frescura...- ele ficava parado olhando-a.

Gwyn parou de correr. Virou-se para os dois seres e, dessa vez, tinha uma expressão fechada.

- Ok, vamos aos fatos. Eu estava num chalé e acordei aqui. Não estou entendendo ABSOLUTAMENTE nada, desde de porque tenho essas orelhas grandes e estou vestida assim até esse... animal falante aí. Ou você, anão, começa a explicar exatamente o que aconteceu agora ou eu vou ter um TRECO!

Aaron encarava a elfa por um momento, fazendo a melhor expressão de desprezo que um gnoll poderia fazer.

"Chalé... Viagem de formatura da escola, né? É... Eu tava lá também. Mas, vamos fazer assim, você vem comigo e com o baixinho aqui. Provavelmente vão explicarr pra gente lá."

Respirava fundo, cansando de ter que falar tanto com aquele focinho.

"E se você der um treco ANTES disso... Aí eu te calo a mordidas e carrego o que sobrarr de você até lá."

O não olhava para os dois com curiosidade.

-O que raios estão falando? Chalé?! Escola?! O que são essas coisa?!


Ele olhava para os dois desconfiado. Os escuros encarando hora um hora outro esperando uma resposta.

Certamente um sorriso não era a reação esperada, ele tinha falado sério sobre as mordidas. De qualquer jeito havia funcionado, então decidiu ignorar.

"Maluca..."

Estava pronto para continuar com o seu caminho quando o anão decidia parar. Aaron olhava para o teto e grunhia. Encarava então o anão com a mesma cara de desprezo e rosnava.

"Isso é assunto entre nós e o lorde, cale-se e nos mostre o caminho de uma vez, serviçal."

Gwynleth não conseguiu segurar a gargalhada.

- Você parece estar adorando isso, não? haha!

O anão olha para o gnoll sem cara de bons amigos. Olha aqui totó, presentinho para você nao ser mal educado na frente do lord. Ele tira umas tira uma pequena esfera do tamnho de uma bola de guide feita de ferro.

-O negocio com os gnomos nao foi de mal feitio, adoro as adaptações deles.- dizendo isso arremessa contra o focinho de Aaron.


A bola de gude se expande e envolve seu focinho em amarras de aço muito apertadas.


-Variação das amarras de aço- ele ri alto - Vamos ver se seu bastão da sabedoria de não sei o que lá te livra disso.

Ele olha pra elfa.

-Ja que parou de dar chilique vamos logo.

Ele se vira e volta a caminhar.

Por um momento os olhos do Gnoll se arregalaram, seu pêlo se eriçou, suas garras despontaram... Mas só por um momento. O anão pagaria pela insolência dele, certamente, mas não agora.
Enquanto puxava e tentava arrancar as amarras do focinho, seguia o maldito nanico.

Gwynleth acho, de certa forma, crueldade. Começou então a tentar ajudar o Gnoll enquanto andava, e não conseguiu ficar quieta.

- Ooo seu anão, você num tem uma namorada não? Ta muito marrento pro meu gosto. Ou começa a tratar melhor as pessoas ou o negócio pode ficar feio pro seu lado.

Mais calma, Gwyn começava a falar normalmente, ou seja, quase que inteiramente de gírias. Não saberia se o anão iria entender, mas também não se preocupava muito. Tentava tirar as amarras do Gnoll.