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Serenity

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MensagemAssunto: ..::Melanie e Iceberg::..   ..::Melanie e Iceberg::.. Icon_minitimeTer Ago 31, 2010 9:18 am

Capítulo I – O primeiro encontro


Mellanie era uma bela menina loira, de olhos verdes, cabelos cacheados e a pele alva, parecia uma verdadeira bonequinha, dessas que vemos em filmes e que as princesas têm em casa. E era assim que ela se comportava, como uma verdadeira princesinha, sempre educada, comia calmamente, com uma delicadeza espantosa, tudo ela fazia de maneira delicada e calma, justamente por isso, seus amigos estavam sempre implicando com ela, pois ela não gostava das brincadeiras comuns de criança, de correr e pular, ela sempre acabava se machucando ou sujando seus lindos vestidos, que sua mãe fazia com tanto gosto. Então, ela preferia apenas assistir as outras crianças e se divertia com isso, tanto quanto eles se divertiam brincando. Mas crianças, têm uma ingenuidade e uma crueldade só delas, seus amigos não eram capazes de entender que Mellanie se divertia de uma maneira diferente da deles e por vezes ficavam caçoando da pobre menina, falando coisas más, puxando-lhe seus cabelos e por vezes lhe empurrando.


Aquela era uma manhã comum na vida da jovem, no auge dos seus cinco anos de idade, ela estava saindo da escola como sempre, para esperar sua irmã mais velha, Isis, que, como sempre, estava atrasada, quando um de seus amigos, correndo em direção aos pais, esbarrou propositalmente na menina, fazendo com que ela caísse e espalhando sua lancheirinha e alguns dos livros que carregava nas mãos. A menina começou a chorar pela dor do joelho arranhado e também porque ninguém gostava dela no colégio, era muito triste ser sozinha. Enquanto juntava suas coisas, alguém a ajudava, em meio às lágrimas pôde vê-lo, aquele certamente era seu príncipe encantado, seu salvador, um Deus de ébano, seu porte físico escultural, seu sorriso encantador, sua voz que parecia com a de anjos, sim, Deus havia enviado ele para salvá-la de todos os seus males.


Todas as noites em suas orações ela pedia a Deus que lhe enviasse alguém especial, que pudesse protegê-la dos meninos maus e salvá-la dos perigos e agora ele estava ali diante de seus olhos a ajudando. Kenan, era um adolescente franzino, pele negra, olhos negros e profundos, que viu quando a menina caiu e começou a chorar, querendo ajudá-la, se dispôs a ajudá-la a recolher suas coisas que haviam caído no chão, certamente ele não pretendia causar aquela impressão na jovem.


- Você está bem? – indagou Kenan preocupado com o arranhão no joelho da criança.


- Agora estou. – Os olhos da menina brilhavam, cada gesto, cada palavra, tudo que ele dizia parecia algo mágico e novo.


Vendo que a menina havia parado de chorar, Kenan levantou-se e já se preparava pra seguir seu caminho quando sentiu algo puxar a perna de sua calça, ao se virar percebeu que era a menina.


- Meu nome é Mellanie e o seu? – a jovem ansiava saber mais sobre aquele que a havia salvo, ela não podia deixar que ele fosse embora assim e se ela o perdesse pra sempre, Deus não a perdoaria por perder o anjo que ele havia enviado para salvá-la.


- Kenan. – Ele ficou intrigado com a reação da jovem, que mesmo depois de ouvir seu nome não soltava a perna de sua calça. – Você quer mais alguma coisa? Seu joelho está doendo? O que houve?


Vendo tamanha preocupação da parte de Kenan, Mellanie soltou sua calça, mas não para deixá-lo ir embora, mas sim para abraçar suas pernas e suspirar emocionada:


- Meu herói!


O menino não entendia muito bem o que estava acontecendo ali, ele não havia feito nada demais para que aquela menininha o chamasse de seu herói.


- Mellanie larga já o moço! – uma voz que mesmo sendo ríspida parecia suave dava aquela ordem.


Kenan pôde ver uma menina mais ou menos de sua idade, baixa, cabelos vermelhos e olhos verdes escondidos por trás das lentes de um óculos falando com a menina.


- Mas Isis, ele é meu herói, ele salvou minha vida, ele é o meu anjinho, não pode largar – Mellanie dava sinais que ia começar a chorar novamente.


Isis ficou totalmente desconcertada mediante a situação.


- Desculpe o incômodo, meu nome é Isis, não sei o que deu na minha irmã e você deve ter muitas coisas a fazer, desculpe mesmo.


Agora abaixando-se para falar com Mellanie, Isis tentava manter a calma mediante aquela situação totalmente constrangedora.


- Meu amor, o moço tem coisas a fazer, ele tem que ir embora, solta a perninha dele por favor.


- Mas e se ele for embora? Não pode largar! – Agora Mellanie tentava abraçar Kenan com força e estava com a cara emburrada enquanto Isis começava a perder a paciência com a irmã.


- Mellanie, solte ele imediatamente ou você vai ter que se ver com papai e mamãe por ficar falando com estranhos na rua. Vamos solte que eu estou mandando!


Kenan parecia mais constrangido que as duas com aquela situação e não conseguia entender muito bem o que estava acontecendo, mas já que a menina estava tão preocupada em não deixá-lo ir embora, ele não estava vendo outra saída.


- Mellanie, né? Façamos assim, você me deixa ir embora e amanhã eu volto aqui pra gente conversar, o que você acha?


Os olhos da menina brilharam e se encheram de lágrimas, ao mesmo tempo que seu rosto esboçou um sorriso.


- Promete? – perguntou um tanto incrédula.


- Prometo! – afirmou Kenan já achando graça de toda aquela situação.


A menina então finalmente soltou o jovem e abriu um largo sorriso. Isis estava com suas bochechas coradas, não sabia como se desculpar com o rapaz depois do que sua irmã estava fazendo.


- Desculpe-me, ela nunca agiu assim, de qualquer forma obrigado por ter tido paciência com ela. Não sei como lhe agradecer, aliás, sei! Aqui é o telefone dos meus pais, caso você precise de alguma coisa que eles possam ajudar, papai é um bom médico, pode ser útil. Mamãe é que talvez não possa ajudá-lo muito, de qualquer forma, aí está o telefone. Desculpe mesmo pelo incômodo. – E ao dizer isso entregou o cartão ao jovem.


Kenan não sabia se pegava o cartão ou não, talvez não fizesse mal nenhum em pegar, além disso, que mal aquela garotinha tão bonitinha poderia lhe fazer, ele então pega o cartão e coloca dentro do bolso.


- Pode deixar,ligo sim. Mas agora tenho mesmo que ir. Até amanhã Mellanie.


Mellanie abriu um sorriso quando ele lhe desejou até amanhã e acenou pra ele, enquanto Isis já começava a levar a menina pela mão.


- Até amanhã meu herói!


Isis, como de costume, não se despediu, ela não gostava de despedidas de qualquer espécie, muito menos em situações constrangedoras como aquela em que sua irmã a estava colocando. Enquanto eles se afastavam Kenan pensava se havia agido certo mentido para aquela menininha dizendo que viria vê-la todos os dias, mas, talvez, ele realmente viesse, ainda precisasse descobrir.


- Isis, por que você não contou que a mamãe faz coisas?


- Mellanie, isso não seria importante pra ele, pra que serviria pra ele saber que a mamãe é cientista, eu apenas disse o que achei que ele precisava saber. Além disso, você não pode sair dizendo tudo pras pessoas sobre nossa família!


- Mas... mas...ele é meu herói!


- Não interessa Mellanie, herói ou não, você não pode contar!


- Nem aquilo?


Isis praticamente parou no meio da rua sem reação.


- Muito menos aquilo! Aquilo é o que ele menos pode saber, entendeu?


E continuou a puxar a irmã para casa, certamente quando chegasse em casa ia contar aos pais do que a irmã havia aprontado. O caminho pra casa era longo e elas ainda tinham muito que conversar para que ela pudesse descobrir o que a irmã havia falado com o desconhecido.
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