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 Contos de dois amantes

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Nynna

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MensagemAssunto: Contos de dois amantes   Contos de dois amantes Icon_minitimeSeg Ago 30, 2010 1:16 pm

Parte 1: A Descoberta de Fleur

Naquela noite fazia muito frio (a noite mais fria daquele inverno).Entretanto, no céu brilhavam as estrelas e a Lua mostrava-se inteira e iluminada, seduzindo os amantes e seduzindo também outros seres...

Fleur acordou como num susto, estava totalmente encharcada com seu suor. Acabara de ter um pesadelo, aliás, já fazia algum tempo que ela vinha tendo estes “sonhos estranhos”. A cada noite ele tinha uma continuidade, como se ela estivesse lendo um livro, uma página por noite; eram sempre com as mesmas pessoas, se é que se podia chamá-las assim.

Ela levantou e foi até a janela para tomar um pouco de ar, e de repente percebeu que algo, ou alguém adentrara o quintal de sua casa. Sentiu um arrepio percorrer sua coluna (da medula até a região lombar); sentiu como se a sua pele estivesse se dilacerando, caiu no chão se contorcendo (doía muito aquela estranha sensação); sentiu nascerem pêlos por seu corpo todo; suas mãos se transformaram e suas roupas haviam se rasgado... Após alguns minutos depois desta agonia ela levantou-se, já se sentia melhor. Caminhou até seu espelho por curiosidade, e foi que então se deparou com algo que imaginou nunca ter existido...

Assustada saiu do quarto, desceu as escadas com um pulo apenas, estava nervosa e confusa, foi até a sala, e numa confusão de sentimentos atravessou a porta como se ela fosse feita de papel. Mas ao sair ela “farejou” algo, alguém que a seguia; sentiu o arrepio, mas agora era pressentimento de perigo; e correu, correu tão rápido que nem acreditava que era ela correndo. Enquanto corria, pensava milhões, trilhões de coisas – Aquela imagem no espelho era mesmo dela? E se era, o que ela seria exatamente? – Eram tantas as perguntas, tantas dúvidas! Vieram à tona naquele momento todos os seus sonhos, e ela custou a crer que eles estivessem ligados a esta “transformação” que sofrera tão dolorosamente.

Enquanto ela corria sentiu que aquele “ser” a estava seguindo e quase a alcançando, percorreu por toda a cidade e entrou numa floresta que havia logo após as casas sem pensar, ou pressentindo que ali estaria segura. Foi uma verdadeira batalha que travou naquela noite, enquanto tentava ficar viva (pressentia que corria perigo), tentava entender o que estava acontecendo com sua aparência física. Afinal, tinha apenas 15 anos, e não sabia muito da vida, nem ao menos de algo que ela ouvira falar apenas em lendas... Mas estranhamente começou a acalmar-se, como se já estivesse familiarizada com aquilo, estava assustada, mas preocupava-se apenas com sua vida neste momento...

Chegou até uma clareira, havia um lago ali, e o “ser” que a perseguia finalmente a alcançou. Era uma forma de lobo–homem, Fleur não sabia bem do que se tratava, mas era feminina (ela sentiu isto)... A criatura aproximou-se pronunciando alguma coisa em uma língua desconhecida para Fleur, mas que estranhamente ela entendia (era o Garou):
_ Calma! Não vou machucá-la! Vim para ajudá-la...
_Quem é você? Ou...O quê é você?! (perguntou Fleur assustada)
_Sou um philodox, como você! Sim, sou um lobisomem! Se isto é o que quer saber... E você também é! É igual a mim... (Falou a criatura a Fleur)
_Não! Não sou esta aberração! Como posso ser? – Naquele momento, Fleur sentiu a cabeça rodar, tudo à sua volta escureceu, e ela desmaiou...

Acordou horas depois, estava vestindo uma roupa que não era seu pijama... Sentiu um cheiro gostoso, mas não fazia idéia de onde estava, parecia um chalé ou algo assim, não sabia ao certo. Mas com certeza aquele não era o seu quarto, sabia que não estava em casa; entretanto, tudo ali lhe era familiar...Claro! Seus sonhos... Caminhou até a cozinha (de onde vinha aquele cheiro delicioso), e se deparou com uma senhora já de uma certa idade, seus cabelos eram negros com alguns fios acinzentados, eram lisos e longos, mas estavam presos...Vestia-se com roupas simples, mas elegantes. Tinha acabado de fazer biscoitos e café... Já era manhã, o sol brilhava lá fora. A senhora virou- se:
_Ah! Já acordou? Achei que fosse dormir por mais tempo...
_O que... O que aconteceu? – Perguntou Fleur, meio confusa.
_Você não se lembra? Desmaiou, e eu a trouxe pra cá.
_Quer dizer que a Senhora...
_Oh! Desculpe-me! Meu nome é Sofie! - Interrompeu a senhora. - E pode me chamar de você, não precisamos de tantas formalidades! – Falou com um sorriso sincero nos lábios.
_Ou! Está bem... – Fleur deu um sorriso denunciando que estava sem jeito. - Vo... Você é aquele...Aquele...
_Lobo? Sim! Sou eu! – Falou dando um belo sorriso para a menina.
_Puxa... – Fleur sentou-se à mesa ainda confusa. _Mas...O que aconteceu? Por que eu? – Indagou a menina.
_Minha jovem, você não lembra de nada do que já conversamos? – Sofie referia-se aos sonhos.
_Sim, eu lembro...Mas... Eram apenas sonhos! Não eram?
_Humm...Vejo que temos muito que conversar! E em tão pouco tempo! – Falou Sofie em tom apreensivo, enquanto servia-lhe o café e os biscoitos recém tirados do forno.

Sofie contou-lhe tudo: sobre a existência dos garou, as tradições, as tribos... Disse-lhe que pertencia à tribo das Fúrias–Negras, assim como ela, Sofie. Então, Fleur nunca mais voltou para sua família, seu lugar agora era junto dos Garou... Fleur assumiu também outro nome, assim como Sofie, que se chamava Inaê entre os Garou. Fleur passou a chamar-se desde então de Nynna.

Passaram alguns anos e Nynna já estava, de certa forma, habituada com sua nova vida. Contudo, às vezes lhe vinha na lembrança a tenebrosa noite em que deixou seus pais e seu irmão, sua família...Sentia falta deles, sentia saudades dos treinos com espada de seu pai; sentia falta da tia feiticeira, Lorainy era seu nome, havia nascido com dons especiais que sua tia percebeu e tratou de treiná-la, Fleur (agora Nynna) estava quase pronta para tornar-se uma feiticeira, e das boas! Sentia falta de sua mãe tentando ensinar-lhe bons modos que uma moça deveria ter (Nynna sorriu neste momento, eram ótimas as lembranças); sentia falta do seu irmão que lhe ensinara belos truques de como usar uma espada e a desafiava seguido, só para ver se ela estava boa... Belas recordações (Nynna deixou cair uma lágrima e baixou a cabeça em sinônimo de resignação), ela sabia que eles não a aceitariam como ela era agora, embora tivesse total controle sobre si mesma, suas transformações, eles não poderiam vê-la! E se vissem não acreditariam. E ela não poderia tirar o véu...

Nynna, mesmo sabendo e tendo consciência de seus deveres, de sua responsabilidade, não aceitava completamente a nova vida, estava conformada sim, mas ainda faltava-lhe entrega; e isto a atrapalhava muito às vezes, pois sentia tremores e tonturas ao receber avisos espirituais...Não mesmo! Não estava acostumada com aquilo ainda... Ela estava já com seus 18 anos, recebera todo o treinamento necessário, mas ainda faltava a sua inteira aceitação.

(continua...)




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Nynna

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MensagemAssunto: Re: Contos de dois amantes   Contos de dois amantes Icon_minitimeSeg Ago 30, 2010 1:19 pm

PS: postei pelo Hagen. Esta é a parte dele

Parte I: Renascimento

O vento soprava ilusões de uma melhoria de vida. Nada era mais satisfátorio do que imaginar uma melhor condição de viver, ou melhor, de sobreviver em condições adversas e precárias, em ter a certeza que o amanhã seria muito mais agradável do que a luta diária pela vida.

Em Asgard fazia muito frio, inverno pleno trazia a brisa gélida que atormentava as almas de muitos camponeses; o vento torturava, massacrava o pensamento, as forças e o sentimento de todos os moradores de Midgard.

Três crianças ainda achavam graça nas ruínas de Midgard. As cabanas abandonadas serviam como palco de brincadeiras e travessuras infantis onde as dificuldades e pobreza eram esquecidas e substituídas por batalhas. Heróis e heroínas que eram compostos pelos pequenos membros da família Barthore. As três pequenas crianças eram filhos de Sigmund Barthore e Svanhild, e como toda a família e sua descêndencia, possuiam a pele alva como a neve das montanhas frias de Ancelor e os cabelos bem loiros como o ouro maciço dos Reis. Três belas crianças, duas meninas moças que tinham por volta de 16 anos e um jovem menino de apenas 11 anos de idade.

Sigmund e Svanhild não tinham maiores problemas. Viviam com dificuldade naquela terra longínqua, mas sempre cuidavam de sua humilde casa e de seus filhos de modo exemplar. Nada no mundo poderia tirar-lhes a dádiva de ter uma vida sossegada, com muito trabalho, mas de certo modo feliz, num ambiente puro familiar.

A cobiça humana era maior do que o sentimento de harmonia familiar, alguns lordes vieram cobrar tributos e assim, como sempre faziam, estavam requisitando bens familiares entre outras coisas. Como era de se esperar a família Barthore não tinha como pagar pelos altos preços:

-Senhor Barthore, creio que se não tem nenhum fundo para nos pagar terá que pagar com a virgindade de uma das suas filhas! Então qual delas será nossa? (Os homens riram de Sigmund que estava furioso).

Os três filhos estavam escondidos na casa junto com sua mãe que transbordava em lágrimas e em orações pedindo a Freya (Deusa Escandinava) para olhar pelos seus três filhos.

-Nenhum filho meu será pagamento de nada, escutaram bem!

-Tem até a meia noite para arrumar o dinheiro.


Os Lordes saíram em retirada com o relinchar dos cavalos e prometeram seriamente o seu retorno. Sigmund entrara em casa e estava preocupado. Então naquele dia ele não saíra do lado de sua mulher, que estava apavorada, e de seus três filhos.

Como foi prometido, à noite, os lordes estavam de volta à cabana. Cinco homens espreitavam, cercando a casa na calada da noite. O silêncio era cáotico, o medo transpassava pela respiração, a grande lua cheia iluminava a cabana num esplendor magífico, e ali, Sigmund esperava com seu machado afiado pelos agressores. Num relance rápido um dos agressores invadiu a casa, Sigmund o pegou de surpresa com o primeiro golpe acertando em cheio o peito, fazendo-o cambalear para trás. Mas os lordes pareciam seres de outro plano, a rapidez com que invadiram a casa era incrível, a selvageria com que atacaram Sigmund não deixou nenhuma possibilidade de esquiva ou defesa e, assim, o pai de família fora morto com golpes mortais em todo seu corpo, de modo brutal.Svanhild e seus filhos escutaram tudo de dentro do quarto, um esconderijo que não durou muito tempo. Logo as portas foram quebradas, pedaços de madeiras voaram pelo ar, estilhaços das janelas se espedaçaram e a risada dos lordes era infernal. Svanhild estava apreensiva, não sabia o que fazer, pediu para que poupassem suas crianças e que poderiam fazer qualquer coisa com ela. Mas logo ela mudou de opinião

A Sra. Barthore não podia acreditar no que via. Seu amor, cruelmente assassinado dentro do seu próprio lar. As meninas tentaram esconder a visão triste de seu irmão mais novo, mas cada segundo que as três mulheres olhavam para o corpo de Sigmund, era como se um grito de ódio gritasse dentro delas. Os olhos de Svanhild, do azul sereno passou a ter a coloração escarlate. As meninas gritaram numa voz gultural aos céus, as aparências das três estava mudando e numa fração de segundo só se pode ver a investida das três. Grandes lobos cinzentos atacaram os lordes, e o jovem menino estava assustado com tudo o que via, não estava entendendo o que acontecia. Quem eram os montros? Onde estava sua mãe? E suas irmãs? Onde estaria seu pai agora?

Para a surpresa das três garous os lordes estavam uivando aos céus. Com aparências demoníacas eles estavam se transformando em grandes lobos sanguinários, os cinco estavam lá (mesmo o que estava ferido, tinha se recuperado e estava batalhando contra as mulheres). A situação era tensa, as meninas eram inexperientes, nunca tinham lutado na vida, sua mãe era uma grande e poderosa garou, mas há anos abdicou da sua vida de guerreira para poder criar em paz seus filhos. Svanhild consegue abater um deles. Garras, encontrões, mordidas, fetihes e dons, tudo era usado nessa luta sangrenta; o pequeno garoto assistia tudo incrédulo com o que via. De repente algo acontece, Svanhild é agarrada e sofre múltiplos ataques. Suas filhas vêem sua mãe em apuros e são atingidas. A Sra Barthore perde muito sangue e assim a grande espiral negra caminha para dar seu último golpe.

O menino vê tudo sentado em uma das extremidades da sala, a cena parecia estar em câmera lenta, cada movimento da espiral negra erguendo uma Grande Adaga em direção ao peito de Svanhild; seu sangue explodia do peito, sua força se esvaía por completo, seu espírito estava fraco pra suportar a dor e sua mente estava apagando junto com suas forças. As meninas voltaram a sua forma humana, o choque de verem o último golpe de sua mãe fora horripilante. As lágrimas desceram dos seus olhos de forma instantânea e seus corações batiam descompassadamente num ritmo alucinado de dor e sofrimento. Nada podia ser tão doloroso no momento, nada podia ser tão castigador.

A visão do lobo branco com alguns pêlos dourados veio à mente do menino, aquele campo se materializara em sua cabeça. Um enorme campo de flores brancas onde a neve adornava-o com sua beleza. O vento não incomodava, e o lobo branco ao fundo uivava forte como se fizesse o chamado para a guerra. No momento a única frase que o lobo dissera ao menino, naquele instante de medo e dor, fora:

-Hagen, desperte! Hagen acorde! levante-se guerreiro e mostre novamente sua glória! É chegado o momento!

O menino sentiu um arrepio na espinha, sua mente estava um caos e tudo estava à tona naquele momento. Visões... Sim! As visões se mostraram evidentes em sua alma e ele podia ver um grande guerreiro lutando contra o mal, mas ele não sabia quem era esse guerreiro. Hagen se ergue, em pé seu coração bate acelerado, seus olhos se enchem de lágrimas, suas mãos tremem cada vez mais, o menino vai sentindo seus dentes afiados crescendo em sua boca e seu corpo estava mudando. Um grande lobo branco surge atacando as espirais, com ferocidade, rapidez e força. Um frenesi selvagem tomava conta do menino, uma grande fúria alimentava sua sede de vingança, lutando como se fosse um arauto da morte. Hagen estava aniquilando um a um, mas um descuido fora fatal: uma das espirais negras escapou e nos seus braços levou as duas irmãs. Um grito ecoou na sala, e assim Hagen ia voltando a sua forma normal, com suas vestes rasgadas. Ali somente sua mãe, que respirava o seu último momento de vida. Com carinho ela tocou em seu filho:

-Lembre-se do valor de seu pai... Lembre-se sempre do meu amor, por favor meu filho, não abandone suas irmãs, vá atrás delas, custe o que custar!

-Mãe, o lobo, o guerreiro? Mãe o que eu sou?


Agonizando a mãe respondeu, retirando um amuleto de seu pescoço.

-Tenha paciência meu menino, tome, este amuleto o guiará, vá para a floresta de Bellin, ande em direção ao norte, se vier alguém fale que é filho de Ilhana A Garra Escarlate. Lá você encontrará respostas.

-Não mãe, Não me abandone!


-Meu filho nunca te abandonarei, será um honrado guerreiro, conte meus feitos e lembre do meu no....

A mãe de Hagen acabara de falecer, lágrimas descem do rosto do menino, seu gemido era baixo e triste e seu rosto mostrava a dor de uma perda. Hagen renascera, devagar ele se ergue e vai caminhando lentamente rumo à floresta. Seu olhar fixava-se na lua, a mesma iluminava seus olhos e mostrava-se grandiosa, uma aura emanava dela iluminando o jovem rapaz que agora iria em busca de respostas, encontrar suas irmãs e honrar a morte de seus pais.



(continua...)



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Serenity

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MensagemAssunto: Re: Contos de dois amantes   Contos de dois amantes Icon_minitimeSeg Ago 30, 2010 1:34 pm

Eu acho tão bonitinho vc e o be terem escrito esse conto juntos, mas será q dessa vez vai pra frente ou vcs vão estagnar o conto de novo hein?
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MensagemAssunto: Re: Contos de dois amantes   Contos de dois amantes Icon_minitimeSeg Ago 30, 2010 1:51 pm

Ps: Enfim a minha segunda parte.

Parte 2: Pressentimentos

Era uma bela noite, e Nynna estava sentada em uma clareira debaixo de uma árvore admirando o luar... Era noite de lua nova, e tudo à sua volta estava iluminado, perto de onde ela estava havia um pequeno lago, que servia apenas para matar a sede de pequenos animais do bosque que apareciam eventualmente...

Nynna estava longe em seus pensamentos quando sentiu um cheiro que pareceu familiar... Em seu instinto levantou a cabeça em direção ao lago, e bem na sua frente, porém na outra margem, estava um lobo de cor branca e prateada... Ela mirou nos olhos do lobo que retribuiu o olhar, e sentiu que o conhecia de algum lugar... ”Aqueles olhos azuis...” Pensou ela... “Eu conheço...” Nynna resolveu levantar-se e andar em direção ao lobo, mas quando estava rodeando o pequeno lago pra se aproximar... Ela acordou...

Estava com dor de cabeça, mas uma estranha sensação de felicidade tomava conta de seu peito, e ela lembrou do sonho, do lobo... O mesmo lobo com quem ela havia sonhado um ano atrás. Só que no sonho antigo ele estava em batalha e ela o ajudava, algo assim...Ela não lembrava com clareza do sonho...Mas sabia que este era o mesmo lobo daquele sonho...

Nynna se levantou, estava em uma cabana onde vivia com sua matilha, entre eles havia a doce Inaê (Sofie), que lhe ensinara tudo que sabia sobre as tradições e os glifos sagrados dos Garou. Nynna acordou com fome e foi tomar seu desjejum, chegando à cozinha percebeu que Inaê não se encontrava... Achou estranho, ela nunca havia saído sem falar com Nynna, ou levá-la junto... Mas mesmo sem entender, Nynna fez seu desjejum com vontade, estava realmente com fome.

Nynna ouviu um barulho perto da entrada para cozinha e tranqüilamente falou:

_ Bom dia Garra Veloz, dormiu bem esta noite? – falou ao lobo que acabara de entrar, seu irmão de matilha, que diferente de Nynna não tinha sua forma normal como homem mas como lobo...

_ Bom dia Nynna! Dormi bem sim. E você? – Respondeu Garra Veloz já se transformando em homem para melhor saborear aquele café.

_ Você sabe algo de Inaê, se ela tinha algo importante para fazer hoje? Eu levantei e não a vi... – Falou Nynna meio desolada... E na esperança de que Garra pudesse falar com algum espírito amigo seu... Já que ele era um Theurge...

_Não...Não sei de nada...Ela apenas comentou que hoje levantaria muito cedo...Mas não disse para quê... –Disse garra sem o menor sinal de querer saber onde Inaê se encontrava.

_ Ah... Tá legal... Eu vou sair também, devo voltar antes do meio do dia... - Disse Nynna, levantando-se e saindo em direção à rua.

_Ta certo jovem, mas cuide-se hein! Tem muitas espirais rondando por aí... – Disse Garra em tom de apreensão...


Nynna saiu e foi direto para o caminho que levava até onde ela mais gostava de ir: a casa de seus pais.
Sempre que podia, Nynna ia até lá para ver como eles estavam, mesmo de longe. Ela os observava, esta era sua melhor maneira de aceitar as coisas, de se conformar... Nynna ouvira muitas histórias de garous hominídeos que perdem sua família, porque as espirais negras matam, ou porque estavam em batalhas como garou... Nynna vinha se perguntando por que ninguém da sua família era um garou, pelo menos não que ela soubesse, nunca ouviu nada sobre isto nem de seu pai e nem de sua mãe,e na noite em que se transformara nenhum deles veio ao seu encontro. Inaê havia lhe explicado uma vez que às vezes este dom (Nynna agora o via desta forma) pulava algumas gerações.

Nynna, durante o seu caminho pelas florestas da Grã-Bretanha, seguia envolvida com seus pensamentos: “Da parte de sua mãe não poderia ser, porque se não sua tia teria lhe contado, e, além disso, ela era uma feiticeira (herança de família), o que sua mãe também era, mas havia deixado de praticar em prol da família... Não, definitivamente não foi pela minha mãe, até eu conheço minha avó materna. Definitivamente, por ela não pode ser...” Lembrou de sua avó paterna que nunca havia conhecido e que seu pai pouco falava sobre ela. “É, pode ser... Mas será? Será que sua avó paterna era garou?? Mas onde ela estava? O que andava fazendo?? Porque ela não veio ao seu encontro para lhe auxiliar naquela noite? Tá certo, Inaê é quase como se fosse uma avó, me trata como se fôssemos da mesma família...mas não, não pode ser! Se fosse, ela teria me falado. Mas e sua avó, será que já morreu?? Será que Inaê a conheceu? É, devem até terem sido grandes amigas. E por isto ela nunca falou nada, vai ver, sente saudade ainda...”

Nynna acordou de seus pensamentos ao cruzar com Inaê no sentido contrário, elas estavam sob a forma de lobos para não chamar muito a atenção:

_Olá Inaê! Onde você estava? Eu precisava conversar com você sobre algo...

_ Olá Nynna! Er...Eu estava aproveitando para esticar um pouco as patas...-falou sem pensar direito em sua desculpa... _Quer conversar agora? Eu tenho tempo.

_Ou... er... Que eu vou visitar meus pais... Sabe como é, sempre que posso dou uma passadinha lá pra ver como eles estão.

_Está certo, quando você voltar conversaremos então. Até mais!

_Até mais!


Nynna continuou sua jornada. Ela percebeu que Inaê nunca lhe falara sobre sua própria família, ou se havia tido filhos... “Bom, eu nunca perguntei...”

Nynna chegou até um monte de onde podia ver claramente, e sem ser notada, a casa de seus pais... Mas não viu ninguém... Por um instante ficou triste, esperava vê-los, precisava vê-los. Queria ter a certeza de que estavam bem...


(continua)



Última edição por Nynna em Seg Ago 30, 2010 1:53 pm, editado 1 vez(es)
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Nynna

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MensagemAssunto: Re: Contos de dois amantes   Contos de dois amantes Icon_minitimeSeg Ago 30, 2010 1:52 pm

Tá aí a resposta...
hahahahahahahahah
Espero que gostem

kisses
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