Os Caras e As Gostosas

A história até agora:

O grupo, que segue viagem de Vedykar para a metrópole Karrlakton, está indo encontrar Lord Hurog, proeminente senhor de escravos que lhes ofereceu uma, aparentemente, simples e recompensadora missão. No caminho, enquanto seguiam pela estrada às margens de Nightwood, o grupo foi atacado, ma não foi uma simples emboscada. Deuses de Nocturne estavam por trás disso e até trouxeram a mulher de Luc de volta a vida para a usarem como guerreira. A Fera que ela cavalgava havia sido tocada pelo Deus dos Animais e lutara ferozmente até a morte, que veio pelas mão de Luc e o auxílio de alguma outra entidade. Sophia, mulhe do arqueiro, saiu quase que intacta do confronto, só se feriando na hora que tentou libertar o Lobo da energia maligna que o envolvia. Outros deuses apareceram para resgatar a Cavaleira, mas não confrontaram o grupo. Mas, independente, estava claro que estavam no meio de uma guerra, que poderia ser muito proveitosa se soubessem lidar com ela. Recuperados física e mentalmente da batalha, o grupo seguiu viagem...

Foi na noite seguinte que chegaram a Karrlakton, poderiam ter feito o percurso em menos tempo, mas resolveram esperar para chegar a cidade de noite, para que Haggar participass o eventos. Eles chegaram em Karrlakton pelo portão mais próximo do castelo, que era seu objetivo final. Já era noite e a única iluminação provinha das flores avermelhadas, o grupo havia notado o silêncio da metrópole conforme se aproximavam do Portão das Três Espadas. Mas não havia nada de anormal nisso, Nocturne era um lugar de silêncio e as noites eram vazias, pois mesmo em cidades "evoluídas" como esta, o perigo e a impunidade existiam. Mas não que não houvessem guardas para patrulhar a cidade, acontece que o interesse deles era outro, era proteger a capital de ataques externos, de intrigas, não deixar os escravos espacarem e proteger Hurog acima de tudo.

Enfim, próximo ao portão o grupo notou um grupo de dez dos guardas armadurados de Hurog, bem disciplinados e treinados guardavam o portão. Eles apenas cumprimentaram Os Caras e As Gostosas com um leve meneio, pois já sabiam de sua chegada. Mas uma pessoa se adiantou, uma mulher que subiu parte do elmo para poder falar com eles com facilidade.

-Boa noite. Meu Lorde deu instruções de levá-los ao castelo, onde poderão se hospedar e se alimentar, caso pretendam fazer isso em outro lugar da cidade, estajam a vontade. Meu nome é Sierra e estou a serviço de vocês durante sua estadia em Karrlakton. - A mulher de voz grave e rouca sabia do peso e perigo de suas palavras, ainda mais para aquele grupo, mas sua lealdade não fazia questioná-la ou temer o que pudesse contecer, então tal frase foi proferida sem medo ou nervosismo.

Spoiler:

Karth apreciou a recepção silenciosa que tiveram ao entrar em Karrlakton, e andava com seu manto cobrindo o rosto como de costume. Ele não tinha realmente problemas em mostrar o rosto, ou de se defender, era apenas para aumentar o clima de mistério que envolviam o homem e tornavam suas histórias de assassinato mais verossímeis e terríveis. Era teatro. As pessoas ficavam estarrecidas com essas atitudes simples, e os outros membros do grupo deveriam investir mais tempo nisso. Se ele fosse o vampiro ele chegaria voando como uma orda de morcegos; se fosse o troll talvez fizesse diferente, usaria um pesado manto negro e teria uma postura ereta; se fosse a bela Zana viria montada em um corcel negro e com uma armadura de batalha. Eram coisas simples e corriqueiras, que os fariam muito mais temidos.

A guarda da cidade era tão simpática com eles, aqueles ridículos. Deveriam curvar suas cabeças ante a presença d'Os Caras e as Gostosas.

- Vejam só... - Caminhou na direção da mulher enquanto falava. Ele começou a caminhar olhando para o rosto dela, e depois moveu a cabeça, em um gesto desnecessário e amplo, mas para que ela percebesse que ele olhava seu corpo. - A nossa inteira disposição, é? Que delícia. E quanta coragem também. Gostei muito da recepção de Lorde Hurog. - Ele tinha um sorriso descrente do que acabara de ouvir, deixando sua boca meio aberta, mas era óbvio que estava satisfeito com as palavras da mulher. E fazia questão de deixar isso bem claro em sua expressão. Ao chegar perto esticou o pescoço aproximando o rosto do corpo dela e repirou fundo. Esperava sentir cheiro de mulher, mas estava preparado e não se sentiria incomodado se sentisse apenas cheiro de suor. - Mais tarde, quando você estiver bem perfumada e cheirosa, você pode vir a meus aposentos, com certeza terei algo que gostaria de tratar contigo a sós. - Então parou de sorrir e falou normalmente.

- O castelo está de bom tamanho, mulher. Nos leve a nossos aposentos e nos alimente, e, então, trataremos com Hurog.

Luc permaneceu em silêncio por toda a viagem. Por mais que Karth provocasse ou qualquer outro ele simplesmente ignorava. Ele ainda estava nervoso e toda hora ficava revendo a cena e remoendo a raiva.

Ao recebe-los o capuz de Luc ficava sobre parte da face. Ele ergue o rosto e fita a mulher friamente ao ouvir sua proposta. Ele passa por ela andando e passa por eles. Dando dez metros ele para e fala:


-Andem logo!


Continua então a andar em direção ao castelo.

Haggar, que permanecia atento a tudo, passou sorrateiro em meio ao grupo e disse:

- Os encontro no castelo. - Sua expressão era indecifrável.

Ele passa pelo portão e segue para dentro da cidade sem rumo aparente.

Andando pela cidade Haggar procura por tavernas ou guildas frequentadas por mercenários, guerreiros ou aventureiros de qualquer tipo. Entre os possíveis frequentadores ele procura pelos indivíduos mais fortes e/ou habilidosos (principalmente mulheres) para torná-los suas crias.

Zana não esconde o sorriso sacana diante das palavras de Kart. O fato é que ela se divertia com esse grupo, analisando a personalidade de cada um deles, aprendendo formas diferentes para agir em diferentes situações.

Ela também ficou satisfeita com ele tomando a iniciativa. Era bom que ela não aparecesse demais antes da hora, pois se as negociações com Hurog fossem complicadas, ela teria de intervir sem que ele percebesse, antes que seus companheiros resolvessem fazer patê com as tripas do contratante.

A Corruptora sabia muito bem que qualquer um com o poder de Hurog valia mais vivo como aliado ou sendo manipulado, do que morto.

Então, em silêncio, ela aguarda e observa a reação da mulher.

Citação :

Ele tinha um sorriso descrente do que acabara de ouvir, deixando sua boca meio aberta, mas era óbvio que estava satisfeito com as palavras da mulher. E fazia questão de deixar isso bem claro em sua expressão. Ao chegar perto esticou o pescoço aproximando o rosto do corpo dela e repirou fundo. Esperava sentir cheiro de mulher, mas estava preparado e não se sentiria incomodado se sentisse apenas cheiro de suor. - Mais tarde, quando você estiver bem perfumada e cheirosa, você pode vir a meus aposentos, com certeza terei algo que gostaria de tratar contigo a sós. - Então parou de sorrir e falou normalmente.

Ela não tinha vestígio de cheiros femininos, seu odor era rançoso, fruto de um dia ativo na guarda da cidade. Sua expressão permaneceu inabalada diante do olhar que ele lhe lançava, mas diante da frase de Karth, seus olhos cerraram-se um pouco. Foi algo discreto e foi apenas isso, os outros guardas que reagiram de forma mais evidente, ao pararem de conversar e observaram o grupo com clara tensão, embora tentassem ocultar a animosidade.

-Como quiser, senhor. - Foi a resposta dela, logo após, ela emendou. -Queriam me acompanhar até o castelo, então.

Sierra começou a guiá-los, embora Luc seguisse na frente, seus passos eram firmes e ela não se apressava, mas era um ritmo rápido, parecia marchar. Ela os levou até o castelo, que estava cercado por altos muros de pedra mesmo dentro da cidade, o portão estava aberto, e novamente eles foram cumprimentados pelos guardas. O castelo para onde estavam indo não era tão luxuoso assim, eles esperavam mais, já que Hurog era um rico mercador. Era apenas um bloco de pedra sem nenhum tipo de atrativo, com poucas janelas e de aparência suja e abandonada. Isso até entrarem, e entrar naquele local só os fez pensar em saquear. Nada dentro dali era "simples", todos os enfeites eram belos e de aparência cara. Mesmo os tapetes que cobriam os salões ou as tapeçarias penduradas pareciam ter sido tecidas com ouro. Porém havia uma certa aura de desconforto ali, uma que os fazia pensar duas vezes antes de pilhar, não que pensar duas vezes fosse os impedir se quisessem.

Spoiler:

Sierra os guiou em silêncio pelos corredores, o lugar por fora enganava até no tamanho, todos teriam um quarto unico, embora o banho oferecido tivesse sido grupal. Algo como uma sala com água aquecida e uma pequena fonte, nunca tinha experimentado algo assim. O banquete foi servido por mulheres belíssimas, tatuadas e assustadas. Foram impecáveis no tratamento de todos, mas seu olhar assustado, sua expressão corporal e o cheiro característico de medo deixavam claro o que sentiam. Apenas Sierra parecia, aparentemente, inabalada, de pé perto da porta, com uma postura rígida e imóvel.



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Haggar sabia que era uma reunião importante, por isso ele não demorou muito em sua "missão pessoal", ele escolheu a esmo umas cinco pessoas entre as tavernas dali. Só o fato delas ousarem ainda estar nelas a essa hora da noite, já dizia bastante de sua personalidade. Ele as drenou uma por uma e enterrou seus corpos, agora, era aguardar alguns dias até que todos virassem suas crias.

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3 , 1 , 2 , 1 , 2

Foi no final do banquete que Haggar retornou, ele não chegou a se banhar, mas mesmo após o "exercício" não estava sujo. Ele foi guiado da entrada do castelo ao salão por outro dos guardas, que foi embora ao deixá-lo ali.

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Spoiler:

Hurog entrou na sala alguns minutos depois deles acabarem, antes que o grupo ficasse muito impaciente. Era seguido por cinco guardas e precedido por três mulheres, escravas, também, porém mais belas e melhor treinadas que as que haviam servido comida a eles. Enquanto aquelas haviam sido empregadas, essas estavam mais para "entretenimento". Ele sentou-se numa das cadeiras sem a menor cerimônia, enquanto as jovens foram para um canto, uma começou a cantar e tocar seu alaúde, enquanto as outras duas dançavam. Os guardas ficram próximos e atrás da cadeira. Seu jeito parecia jovem, tranquilo e agradável, mas isso era pura fachada, seus olhos eram frios e sombrios.

Sua voz soou, finalmente, e ele foi direto: -É um prazer tê-los em minha residência para me ajudar nessa missão. Meu nome é Hurog e vocês são bem-vindos em minha casa, espero que se divirtam em sua estadia, só procurem deixá-la inteira. Gostaria de tratar logo de negócios, se possível? Para eu saber o tamanho de sua ambição e ousadia, quanto pretendem ganhar?

Luc andara a frente pois tinha um segundo objetivo ali, ele prestava atenção a sinalização da cidade e nos possiveis templos e cultos ali. Ao chegar no castelo ele olhava sem muito interesse para as quinquilharias da nobreza para ele aquilo eram como adornos femininos, nao espolios de batalhas. Eles poderiam ser melhor convertidos em equipamentos.

Ao chegar na presença de Hurog ele se mantem no canto em silêncio, deixaria a negociação com zana e Karth, eles serviam pra isso afinal.

Como sempre, Zana aguardaria o momento certo para falar. Ela sorri diante das indagações de Hurog, e olha para Karth, dando a deixa para que ele comece.

Já que seus aliados pareciam ocupados em seus pensamentos ou desatentos às palavras de seu anfitrião, Haggar decidiu falar:

- Nosso preço é proporcional à complexidade da missão. Mas adianto que o pagamento mínimo será a mesma quantia que nos foi oferecida para virmos.

É claro que nada havia sido conversado anteriormente entre o grupo, mas a frente de um contratante era necessário mostrar convicção. Por isso o vampiro falara daquela forma.

Em seguida ele olha para o grupo.

Lice entendia mais do que nunca as ações de Zana, e se mantém calada, quieta... Certamente olhos de fora pensariam que se tratava de nada além de uma serva, obediente e domada... Poucos imaginam que se tratava de muito além do que se encontrava ao alcançe dos olhos...

O Karth percebeu a minúscula reação da mulher, e isso só o fez aumentar seu sorriso.

O castelo era uma boa porcaria, e o assassino ficou sério, pensando se o mercador seria capaz de realizar o pagamento que prometera, olhou sério para Zana e os outros, depois virou novamente para frente e seguiu até o castelo.

Sua expressão mudou totalmente ao adentrar naquele local. Ele nunca imaginaria que um lugar arruinado como aquele poderia ostentar tanta riqueza.

Então foi levado até as belas e exóticas mulheres que os serviam, e pensou em provocar Sierra. Sempre que alguma das mulheres chegava perto ele passava a mão de leve pelo antebraço de uma, ou tocava a mão de outra, devendo assustá-las ainda mais. E logo dirigia o olhar para Sierra, afinal, ela era forte e controlada, ela aguentaria o que fosse preciso pelo seu senhor. Mas e aquelas mulheres? Elas não estavam satisfeitas por estar naquela situação, estavam apavoradas.

Então quando elas se retiraram o assassino se sentou folgado em uma das cadeiras, e viu Hurog entrar com sua comitiva. Ele estava analisando o homem, quando Haggar tomou a dianteira. Então, ainda folgado em sua cadeira, virou o rosto para Hurog.

- Haggar tem toda a razão, Lorde Hurog. Nos diga o que quer e lhe diremos nosso preço.

Rhastafar achou o castelo medíocre, até que esteve em seu interior. O Tal Hurog gostava de coisas bonitas, as humanas, com sua carne rosa e macia despertavam o interesse brutal do Troll.

Rhastafar sentou-se com o grupo junto de seu contratante, iria falar mas Haggar o fez antes. Tanto melhor, Rhastafar não era bom em negociações.

Ouviu Kart falar, ele queria ver o quao interessado estava Hurog nos escravos fujões, será que ele ofereceria seu castelo? Ensaiou um sorriso ante a possibilidade.

-Não nos tente com nossas ambições, Lorde Hurog. - Olhando malignamente para Sierra e mais algumas humanas.

Citação :

Então foi levado até as belas e exóticas mulheres que os serviam, e
pensou em provocar Sierra. Sempre que alguma das mulheres chegava perto
ele passava a mão de leve pelo antebraço de uma, ou tocava a mão de
outra, devendo assustá-las ainda mais. E logo dirigia o olhar para
Sierra, afinal, ela era forte e controlada, ela aguentaria o que fosse
preciso pelo seu senhor. Mas e aquelas mulheres? Elas não estavam
satisfeitas por estar naquela situação, estavam apavoradas.

Apesar das mulheres claramente assustadas a cada toque, elas não tentavam se desvencilhar ou parar de atender Karth, pois sabiam que teriam um tratamento muito pior de seu senhor se o fizessem. Sierra voltou a cerrar um pouco dos olhos, ao notar a intenção de Karth, e seu olhar estava fixo e firme nele, sem se desconcertar ou parecer nervosa com a "tolice" que ele fazia.

Citação :

- Nosso preço é proporcional à complexidade da missão. Mas
adianto que o pagamento mínimo será a mesma quantia que nos foi
oferecida para virmos.

Citação :

- Haggar tem toda a razão, Lorde Hurog. Nos diga o que quer e lhe diremos nosso preço.

Citação :

-Não nos tente com nossas ambições, Lorde Hurog. - Olhando malignamente para Sierra e mais algumas humanas.

Hurog puxou uma maçã da mesa para mais perto de si mas não chegou a levá-la a boa para comer, ficou olhando a fruta por uns segundos, enquanto a movimentava um pouco de um lado para o outro com a mão direita.

-É uma missão tão simples que não vale o preço que eu pagarei por ela, setecentas moedas de platina para cada. Após cumprirem, mais trezentas. Como já adiantei, foi um grupo de escravos que conseguiu escapar, liderados pelo meu filho com a ajuda de Sierra. - Hurog pega a maçã e a leva até a boca, dando uma mordida e falando oh-tão inocente e despreocupadamente. -Não a prendi por sua insolência, esperei chegarem para que vocês descubram como eles fizeram isso, embora eu tenha uma boa idéia, e para que façam o que quiserem com ela.

Nesse momento a tez da jovem se tornou ainda mais pálida e sua respiração parou por alguns segundos, até que ela começou a hiperventilar e desviou os olhos para baixo, mas permaneceu com a mesma postura e ali, parada.

- Traição... interessante. Devíamos torná-la parte do nosso grupo...

Diz Zana em tom de deboche, não aguentando mais ficar quieta. E aguarda as reações de todos, para ver quem entraria no jogo.

Hurog deixa um frio sorriso se delinear em seu rosto.

-Se vocês quiserem levá-la, mas falho em ver como uma pessoa boa como minha doce Sierra seria útil a vocês.

- Para tudo se dá um jeito, meu caro... Talvez ela só precise do incentivo correto.

Ela diz a Hurog com toda a naturalidade do mundo, como se isso fosse, para ela, algo trivial. E realmente era.

Haggar levava a mão ao queixo. Seus olhos cerraram-se ao ouvir sobre a
missão e ele absteve o assunto sobre a traidora. O que ele estranhava
era outra coisa.

- Então seu filho também está entre eles... E que tipo de risco ele pode representar. Espera que lhe demos algum tratamento especial?

Luc parece impaciente e de certo um pouco ofendido e se vira para os outros sem delicadeza nem polidez pouco se importando com Hurog.


-Foi por isso que viemos? Para agirmos como babás e ganharmos 10 mil peças de ouro? pfft...


Ele se da as costas.


-Sinceramente tenho uma deusa para matar... - ele diz saindo do salão.

Karth ouvia as palavras de Hurog, enquanto observava Sierra nervosa com o que o lorde dizia. Sim, a mulher seria descartada. Ela cometeu um erro, e, por causa de seu erro, eles foram chamados ali.

Prestou atenção a pergunta de Haggar, lhe seria muito interessante essa resposta. E respondeu a Luc:

- Ora, companheiro. Ao menos será uma missão fácil, e não é qualquer um que tem essa quantidade de dinheiro. Será um trabalho rápido e lucrativo.

Depois ele se levantou e foi caminhando na direção de Sierra.

- Então, mulher, já viu que seu senhor deixou seu destino em nossas terríveis mãos... - Deu um sorriso leve. - Nos conte, você tinha um caso com o filho de lorde Hurog? Por que o ajudou a libertar os escravos? Como os ajudou? Qual o destino daquele grupo? Nos conte tudo. - Karth estava novamente invadindo o espaço de Sierra, parado a pouco mais de um palmo do rosto dela.

Dali ela conseguiria ver seu rosto e seu cabelo, seus olhos azuis e a cicatriz que tinha, que, por sorte, não o deixou cego. Sua expressão era neutra, ele apenas aguardava a resposta dela.

Rhastafar estava ficando sem paciencia quanto à pirraça do Arqueiro.

-Deixe-o, Karth. O senhor machão não precisa que sejamos sua babá. Quanto à missão, quer dizer que você não sabe o que ocorre dentro de sua casa, lorde Hurog? Seus empregados e filho tramam coisas e você não faz idéia?

Rhastafar teve vontade de gargalhar, e assim o fez.

Lice fica silenciosa, era de fato algo bastante simples a se fazer para indivíduos como eles.. E potencialmente uma perda de tempo... Mas o que fariam caso contrário? Os deuses não deixaram muitas pistas, afinal...

Ela sussura para Zana:

- Tolos, com esse dinheiro ele poderia ter todos os servos com colares explosivos... Ou zumbis... Ou dominados... Oh, quantas possibilidades interessantes...

Luc sai de cena ele tinha coisas mais interessantes a fazer.

Citação :

- Para tudo se dá um jeito, meu caro... Talvez ela só precise do incentivo correto.

-Ela é sua, faça o que bem entender.

Citação :

- Então seu filho também está entre eles... E que tipo de risco ele pode representar. Espera que lhe demos algum tratamento especial?

Sua expressão fica mais pesada e grave e ele deixa a fruta de lado, apoiando os cotovelos na mesa e juntando uma mão a outra sua expressão continuava a mudar. Agora Hurog encarava o grupo com uma clara raiva que parecia estar sendo mantida sob controle a muito custa, parecia haver uma fera dentro do homem batalhando para se libertar. A aura que ele emitia tornou-se mais forte e desagradável, não chegava a amedrontar nenhum deles, mas tinha um certo potencial aterrador que talvez eles não quissessem "ver" em sua plenitude. Quando falou, sua voz parecia ter dificuldade de sair, parecia arranhar as cordas vocais, seca e fria como estava.

-Ele costumava ser um fraco, na verdade ele ainda é. Um covarde que não foi capaz de se fortalecer sozinho e agora brinca com poderes divinos que lhe conderam não saberia dizer o porquê. O que ele virou eu não tenho idéia, mas agora há poder nele. O suficiente para conseguir escapar daqui e matar alguns do meus guardas, mas nem de perto o suficiente para oferecer risco a vocês. Quero que deem a ele o tratamento mais especial possível. Isso poderia até me deixar mais generoso.

Citação :

-Foi por isso que viemos? Para agirmos como babás e ganharmos 10 mil peças de ouro? pfft...


Ele se da as costas.


-Sinceramente tenho uma deusa para matar... - ele diz saindo do salão.

Hurog pareceu não ser atingido pelas palavras de Luc, pois ele sabia o quão generosa já era a sua oferta, a única coisa que o fez mudar sua expressão foi a menção de uma deusa para matar, sua sobrancelha squerda ergueu-se um pouco e algumas rugas surgiram em sua testa, quando ele a franziu e abriu a boca como se para falar algo ao arqueiro, mas acabou desistindo e o mesmo foi embora. (Ou não, ele ainada pode ter ficado, msm que tenha saído, me descreva exatamente o que deseja fazer xD)

Citação :

- Então, mulher, já viu que seu senhor deixou seu destino em nossas terríveis mãos... - Deu um sorriso leve. - Nos conte, você tinha um caso com o filho de lorde Hurog? Por que o ajudou a libertar os escravos? Como os ajudou? Qual o destino daquele grupo? Nos conte tudo. - Karth estava novamente invadindo o espaço de Sierra, parado a pouco mais de um palmo do rosto dela.

Karth não podia ter idéia do que se passava na mente de Sierra, no momento ela se questionava porque não fugira também, afinal, sabia que cedo ou tarde sua traição seria descoberta. O motivo que a fez ficar foi pura estupidez, por mais que tivese traído seu senhor, uma parte dela ainda não era capaz de deixá-lo para trás. Passado algumas horas depois da fuga, ela já seria capaz de rastejar pelo seu perdão, só não o fez pois sabia como ele veria esse tipo de coisa. Achara estranho quando ela o designara para esta "missão", agora, entendia perfeitamente. Preferia ser punida pelas mãos dele e, talvez, por isso Hurog fazia algo assim.

A guerreira não encarava Karth, mas pensava no que poderia fazer para que sua morte fosse rápida e o menos dolorosa possível. Se o atacasse? Se desdenhasse? Se cuspisse nele? Parte de sua mente procurava rapidamente achar essa resposta, enquanto a outra tentacva ignorar a presença dele.

Citação :

-Deixe-o, Karth. O senhor machão não precisa que sejamos sua babá. Quanto à missão, quer dizer que você não sabe o que ocorre dentro de sua casa, lorde Hurog? Seus empregados e filho tramam coisas e você não faz idéia?

Rhastafar teve vontade de gargalhar, e assim o fez

Hurog iria respondê-lo, mas aquela risada o fez perder a paciência com o troll. Seus guardas fizeram a menção de desembanhar as espadas, mas foram parados com um gesto de seu senhor. Ele não chegou a se erguer de sua cadeira e sua expressão voltou a pseudo-impassibilidade, mas seu olhar cruel recaiu em Rasthafar, parecendo querer perfurá-lo. O troll estava longe de ser o cidadão modelo e nem de longe era bom, mas a maldade alheia ainda seria capaz de afetá-lo e Hurog parecia querer afugentá-lo só com seu olhar. E Rhastafar e apenas ele via no fundo dos olhos daquele senhor de escravos a fera que realmente ali residia, não perto de se libertar caoticamente, como antes, falando do filho, mas focado em seu ódio momentâneo e racional pelo troll. Aquele ali estava longe de ser humano, aquele ali era poderoso e aquele ali olhava como se pudesse matá-lo com o olhar.


OFF: Non sei se Rhastafar é imune a medo, pq estou sem a ficha do pessoal, A CD do teste de Will é 35.

Zana apenas sorri calmamente como resposta a Lice, mas a reação dos "machos" estava colocando tudo em risco. Homens... não importava raça, não importava origem. Eram muito parecidos.

Ela parecia ignorar as trocas de olhares e ameaças, e diz calmamente, parecendo muito interessada no assunto:

- Poderes divinos? Lord Hurog, pode nos dizer o que sabe sobre esses poderes? A qual divindade pertence? E o que deseja mais? Que eliminemos seu filho ou façamos ele voltar a ser o que era? Já adianto que não posso garantir nada, se fosse possível fazer, o senhor desejaria isso?

Karth olhava a mulher, e ela ali, além daquele grupo, era a única que conhecia seu rosto.

Ele ouviu de longe Hurog dizer que deveriam dar um tratamento especial ao seu filho, e ele não pode deixar de dar um sorriso maligno para Sierra ao ouvir as palavras do lorde. Aquele sorriso trazia insinuações, de eles iriam fazer o jovem filho de Hurog sofrer muito antes de morrer e de que sua fuga havia sido em vão, de que o destino dela estava selado, e, principalmente, de que não haveriam mais esperanças.

Teste de Intimidar + 15 [off: Melhor do que ficar no blábláblá, rolo logo um intimidar xD]

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8

Ele estava focado nela, deixaria os outros tratarem de Hurog.